O Belém Integral sempre se bateu por um sindicato de
interesses que congregasse os clubes pequenos e médios da primeira e segunda
Ligas por forma a acabar de vez com a ditadura dos chamados três grandes. Porque
na verdade, e no que ao futebol português diz respeito, parece que existem apenas três clubes (Benfica,
Sporting e Porto) e que tudo o resto é paisagem. Este estado de coisas tem-se
mantido assim com a conivência das entidades que regem o desporto em geral, o futebol em particular e do próprio governo da república. Seja ele qual for.
Fiquei por isso contente que tenha surgido este movimento do
G 15 e também apreciei a firmeza e sentido de unidade que todos revelaram na
assembleia geral da Liga que se realizou na passada sexta-feira. E foi
precisamente por manter elevadas expectativas em relação a tudo isto que
critiquei algumas das propostas, umas por ficarem aquém do esperado e outras
por ultrapassarem claramente o foco de interesses do G 15. Nomeadamente a ideia
peregrina de retirar pontos aos clubes cujos dirigentes exorbitassem nas suas
declarações e caíssem por esse motivo na alçada dos órgãos da justiça desportiva! Seria uma
espécie de lei da rolha de todo em todo desaconselhável face ao momento em que
se multiplicam os indícios de que algo vai mal no futebol português. Acresce
que esta lei da rolha não iria pacificar coisa nenhuma, antes pelo contrário,
só contribuiria para aumentar as suspeitas que já existem.
Assim e percebendo o erro em que incorriam, terá havido um
recuo e a proposta entretanto aprovada não entra na questão dos pontos. Menos
mal. Deixo no entanto um aviso ao G 15: - este não é um tempo para ficar calado
e muito menos para castigar quem denuncia a batota em que tem vivido o futebol
português. Para bom entendedor…
Saudações azuis
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