Escolhi um palavrão para definir aquele conjunto de pseudo atacantes
que jogam actualmente no Belenenses. E aqui a expressão ‘atacante’ abarca
aqueles que se aproximam repetidamente da área adversária com a intenção de
marcar um golo. E a primeira conclusão que retiro é que é difícil juntar tanta gente com tão pouco faro pela baliza! Daí não ser surpresa que dos quatorze golos
marcados, nos quatorze jogos que já levamos, mais de metade tenham sido obra de
defesas ou médios defensivos!
Eu bem sei que está cada vez mais difícil marcar um golo, em
especial quando se joga em casa, seja porque temos que assumir as despesas do
jogo, e ficamos mais vulneráveis lá atrás, seja porque o anti jogo é a marca de
água deste campeonato. Sei isso tudo e por essa razão vou desculpando tudo e
mais alguma coisa. Mas vamos ao jogo.
Ontem era mais um daqueles dias em que os adeptos esperavam um
milagre. E o milagre dos três pontos passava muito pela forma como as alas
conseguissem colocar rápidamente a bola ao alcance da novidade Jesus Hernandez!
Porém, no lado direito (por onde o jogo é quase sempre carreado) Diogo Viana (de
olhos no chão!) demora séculos a decidir-se e opta normalmente pelo erro. Tenta
o drible e acaba invariávelmente no chão a pedir falta que o árbitro raramente
assinala. O melhor que conseguiu naquela primeira parte foi um centro ao qual correspondeu
um cabeceamento perigoso de Hernandez. É muito pouco. Do lado esquerdo temos o Freddy
e o seu futebolzinho vistoso mas improfícuo. Neste deserto anti baliza retive
apenas a boa movimentação de Hernandez, e a verticalidade de Benny, esse sim,
capaz de fazer um golo a qualquer momento.
E veio a cena de
Chaves – um golo fortuito já próximo do intervalo, onde a azelhice de Florent veio
mais uma vez ao de cima.
Segunda parte com poucas esperanças de reverter a situação, o
eterno chuveirinho, com o Domingos a trocar os jogadores baixos pelos jogadores
altos. E teve sorte, acabou por ser premiado! Diogo Viana consegue, finalmente, um bom cruzamento, liftado e sem necessidade de tentar driblar o adversário
directo, cruzamento ao qual correspondeu Yebda que assim sossegou os
martirizados adeptos azuis. Faltavam dez minutos para o jogo terminar e já não
houve talento nem força para mais.
O campeonato, como venho repetindo, vai ser tremendo! E não
me canso de avisar: - das quatro equipas do sul (que lutam pela manutenção),
uma vai descer. O mínimo de segurança são vinte pontos na primeira volta. Temos
actualmente dezassete quando faltam três jornadas… Atenção!
Saudações azuis
Nota básica: O Paços de Ferreira é uma equipa perigosa, tem um avançado a sério, e teve duas oportunidades para facturar na primeira parte. O que pode considerar-se normal porque ninguém joga sozinho. Por isso tenho que valorizar a organização defensiva do Belenenses em termos colectivos. Em termos individuais é outra coisa. Portanto o que o Belenenses não pode é ter menos oportunidades de golo que o adversário. E isso aconteceu na primeira parte. Com alguma boa vontade contei uma e meia!
Nota básica: O Paços de Ferreira é uma equipa perigosa, tem um avançado a sério, e teve duas oportunidades para facturar na primeira parte. O que pode considerar-se normal porque ninguém joga sozinho. Por isso tenho que valorizar a organização defensiva do Belenenses em termos colectivos. Em termos individuais é outra coisa. Portanto o que o Belenenses não pode é ter menos oportunidades de golo que o adversário. E isso aconteceu na primeira parte. Com alguma boa vontade contei uma e meia!
Sem comentários:
Enviar um comentário