Quando isso acontecer significa
que o país mudou, mudou para melhor, e significa que no Belenenses já não
existem rabos-de-palha. Significa que não há jogadores dos rivais a envergarem
a camisola com a Cruz de Cristo e que todos os que jogam no Belenenses querem
lá estar e querem ser campeões. Significa também que o clube é uma só entidade
quando se trata de defender os seus interesses.
Nessa altura, as declarações de
Sturgeon seriam encaradas apenas como um gesto de desportivismo. Mas não
vivemos ainda nesse tempo, não chegámos lá, e não chegaremos enquanto o
nacional-benfiquismo continuar e enquanto continuarmos a pactuar com ele.
O que é que isto quer dizer?! O
que é afinal o nacional-benfiquismo?! Pois é esta unicidade provinciana e
bacoca que me faz lembrar a união soviética em que os clubes do regime tinham
todo o poder e os outros serviam de cenário.
Ora é isto que me incomoda nesta
história do Sturgeon. Está ou não comprometido com o Benfica?! É que se está,
devia estar calado. O facto é que ficou estatelado no relvado e se foi apenas
um pequeno ‘chega para lá’ (que não foi) não havia necessidade de estarmos a
jogar com dez até sofrermos o golo. Entretanto podíamos ter atirado a bola para
fora, é verdade, mas o árbitro também podia (e devia) ter apitado falta, não é?!
Como já aqui referi mais que uma
vez, é por estas e por outras que o melhor é jogarmos com jogadores do Cazaquistão
ou da Polinésia, jogadores que ainda não sofram do tremendo síndroma de
inferioridade que é gostarem todos do mesmo! Gostarem dos grandes por serem grandes, desvalorizar os pequenos por serem pequenos, no fundo, serem incapazes de sonhar! Competição?! Só na playstation!
Saudações azuis
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