Se tivesse durado só a primeira
parte teríamos que admitir que dividimos o jogo com o Benfica! Basta ver a posse de
bola. Ao fim ao cabo fomos para o intervalo a perder por uma bola a zero, um
golo aos quarenta e um minutos que Ventura poderia ter evitado. É certo que
houve alguma aflição com as temerárias mexidas do treinador – Rúben Pinto a central,
Fábio Nunes a lateral esquerdo, Aguilar a jogar (de inicio) a trinco – aflição
que aumentava (eu bem ouvi os ais!) com as saídas de bola em posse, algumas no
limite! Vamos ter que nos habituar. É a única maneira de não a perdermos quando
jogamos contra grandes equipas. A verdade é que a bancada serenou, Rúben Pinto aguentou
Mitroglu (excepto naquele último lance), Abel Aguilar, embora jogando apenas
num pequeno círculo, não cometeu erros e Fábio Nunes calou os desesperados invadindo
com muito a propósito o último reduto encarnado!
Nessa primeira parte, o problema
esteve no ataque, nomeadamente no trio mais ofensivo, Sturgeon, Juanto e Miguel
Rosa, que nunca tiveram engenho e arte para esburacar a improvisada defesa do
Benfica! E não se podem queixar de isolamento, pois tínhamos sempre muita gente
projectada no ataque!
Velasquez mudou ao intervalo.
Tirou Rúben Pinto por estar amarelado, e quis ser mais ofensivo. Mas não
refrescou o meio campo cujos índices físicos estavam no limite. A equipa ameaçava
partir-se e partiu-se mesmo com as arrancadas de Renato Sanches! E começaram a
surgir os espaços… e os erros. Erros que esta linha avançada do Benfica não
perdoa.
Nos primeiros dez minutos da
segunda parte ainda houve hipóteses de empatar, mas acabámos por sofrer o
segundo golo. Uma jogada irregular de Renato Sanches que agrediu Sturgeon deixando-o
estatelado no relvado. Tivemos ainda possibilidades de reduzir para 1-2, mas
não conseguimos concretizar. A partir do terceiro golo o Benfica, cheio de
confiança, dominou o jogo a seu belo prazer e foi aproveitando todos os nossos
erros. Carlos Martins já não corria, marcava Renato com os olhos, Abel Aguilar
cada vez mais limitado no seu círculo, fazia jogo posicional, o único
que continuava a correr e a alimentar o ataque era Bakic, em minha opinião o melhor entre
os azuis.
Concluindo: - O caminho é este e Velasquez
tinha que fazer este teste. Mas também tem que compreender que o Belenenses não
é o Vila Real nem o Múrcia. As derrotas com o Benfica doem muito. Quanto à SAD,
pese o esforço que fez no mercado de inverno, tem que concluir que falhou na
construção do plantel, nomeadamente nos aspectos defensivos. Não há
consolidação possível quando se sofrem tantos golos. E o Belenenses é um grande
clube e que provoca sempre grande entusiasmo… se for competitivo. O que eu quero dizer é que só vale a pena
investir no Belenenses se for a sério.
Saudações azuis
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