Over dose de
nacional-benfiquismo, num espectáculo inacreditável onde o único inocente era
Eusébio! Desde o ridículo endeusamento, que o próprio sempre recusou, à
permanente pieguice nacional, tudo soou a falso e deslocado! Como se não
bastasse, ou talvez não, encaminharam os restos mortais de um homem a quem
gostam de chamar ‘king’, para o local onde repousam alguns dos autores morais
do regicídio! Uma tristeza, uma orfandade, uma nação completamente alienada, a
precisar de urgente desintoxicação.
Depois há o absurdo de tudo isto!
Amália e Eusébio são dois ícones do estado novo, custa um pouco a perceber que
estejam enfiados no meio de carbonários e maçons de toda a espécie!
Bem andou Salazar em protelar as
obras de Santa Engrácia! Na sua esperteza campónia, já adivinhava que um
panteão nacional iria inevitávelmente transformar-se em panteão da república,
numa mistura pouco salutar de corpos e almas.
Amália e Eusébio, heróis da
república?!
Pobre Amália, pobre Eusébio.
Sem comentários:
Enviar um comentário