Passaram 41 anos sobre a
revolução de Abril e numa análise fria, sem enganos, podemos assegurar que o
país é o menos competitivo da união europeia. E com tendência a piorar. Em
todas as áreas, especialmente naquelas em que era suposto estar um bocadinho
mais equilibrado. Refiro-me às actividades desportivas, cuja essência, é haver
um mínimo de competitividade, sem a qual a palavra ‘competição’ não faz
sentido.
O futebol português, neste
particular (e noutros) é um verdadeiro campeão! Um rápido relance pelos principais
campeonatos permite concluir isso mesmo:
Por exemplo, na Alemanha, embora
o Bayern domine completamente a competição, e seja actualmente uma das
melhores, senão a melhor equipa europeia, a verdade é que nos mesmos trinta
jogos tem apenas mais um ponto que o Benfica! Se
passarmos a Espanha onde o duelo é feito a dois tal como em Portugal, e para o
caso pouco interessa que seja disputado por mais duas equipas, a verdade é que
à trigésima jornada quer Barcelona, quer Real Madrid, tinham menos pontos que
Benfica e Porto! O mesmo se diga relativamente a França, Inglaterra e Itália! E
por aí fora.
Se analisarmos outros aspectos
como a possibilidade de manter direitos desportivos sobre uma infinidade de
jogadores, o excessivo enfoque mediático de uns, em prejuizo de todos os outros,
e a incapacidade (ou falta de vontade) de quem de direito para actuar no
sentido de reduzir desigualdades ilegítimas, fica explicada a falência
competitiva, os estádios vazios, a falência geral da chamada indústria do
futebol.
Só não ficam explicados os discursos
(vazios) sobre a igualdade no dia dos cravos.
Saudações azuis
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