No tudo ou nada, contra um
adversário directo, perdemos, e a Europa ficou mais longe. Nacional, Paços de
Ferreira e agora o Rio Ave, em caso de igualdade pontual, têm vantagem no
confronto directo. Esta é a nossa realidade.
No que ao jogo diz respeito
confesso que cheguei tarde, estávamos ainda na primeira parte, mas já perdíamos
por duas bolas a zero! Nem foi preciso olhar (de longe) para o marcador electrónico
porque o silêncio no estádio dizia tudo!
Perguntei como era, como tinha
sido, mas as respostas não me agradaram. Que sofremos o primeiro golo muito
cedo… que até reagimos bem… mas o segundo golo… etc. Mais tarde quando visionei
os lances na TV, constatei o mérito dos marcadores, Diego Lopes e Tiago Pinto,
mas também constatei uma defesa macia e permissiva.
E agora os equívocos: - Sturgeon,
o nosso melhor jogador, em grande forma, diga-se, desterrado para defesa
direito, lugar para o qual não tem qualquer aptidão, foi um (duplo) erro sem desculpa. Obrigado a um esforço incrível (e inglório) naquele corredor direito em vez de contarmos
com ele, em pleno, para esburacar a defensiva do Rio Ave!
O adversário aproveitou e fez gato-sapato
por aquele lado, beneficiando ainda de uma estranha permissividade nas dobras. E
isso já fui eu que vi.
(Nota. Ouvi no estádio a
justificação de que não havia mais ninguém para jogar a defesa direito! Não
acredito. Nem que jogássemos com três centrais, reinventando a zona defensiva; até
o Abel Camará teria sido melhor solução.
Eu sei que é fácil falar depois dos
acontecimentos mas aquilo que escrevo aqui, já era patente naquele final de
primeira parte. Tal como era patente que Dálcio ainda não tem maturidade para
jogar de início em jogos complicados.
E daqui passamos ao equívoco
principal: querendo mudar, querendo arriscar, Jorge Simão subestimou o Rio Ave entrando para a segunda parte num puro 4-2-4! É claro que
da primeira vez que os vila-condenses se aproximaram da nossa área, e pelo mesmo
lado, fizeram o terceiro. O jogo ficou arrumado.
Destaques: apesar de tudo,
Sturgeon, pelas arrancadas no flanco direito; Fábio Nunes entrou na segunda
parte e mexeu com o jogo; Abel Camará que não sabendo jogar nas alas, é sempre incómodo e perigoso
quando se aproxima da área adversária; e Bruno China, que devia ter entrado
mais cedo para estabilizar a equipa.
Ilacções para o futuro: A SAD tem
que apostar decisivamente no futebol e ganhar com isso a confiança dos adeptos.
Peça fundamental dessa confiança tem a ver com a propriedade dos jogadores, com
o desfazer de uma série de equívocos que têm envenenado a família belenense. Só
assim haverá de novo o Clube de Futebol ‘Os Belenenses’ de que o futebol português
precisa.
Saudações azuis
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