Com o ano a terminar expirava também um destacado Belenense e por ser este um espaço integralmente azul, cumpre-me dar testemunho sobre a sua memória, na perspectiva de quem não o conheceu de perto mas que acompanhou de longe a sua relação com o Clube de Futebol “Os Belenenses”.
Não irei além de Abril de 1974, marco de desavença entre belenenses e de inexorável declínio para o clube… até hoje. Quero antes recordar o tempo em que estávamos unidos, sem politiquices portas adentro, no tempo em que admirei Homero Serpa por aquele gesto decidido de pegar na equipa que se afundava, e conseguir mantê-la na primeira divisão! Era um mero jornalista, director ou seccionista, mas não teve dúvidas, avançou para salvar o Clube do seu coração! Lembro-me que Meirim tinha colocado as expectativas no céu, o Belenenses apresentou-se nas primeiras jornadas como candidato ao título e na deslocação a Portimão o ambiente foi indescritível!... O público acorreu em massa para ver a Cruz de Cristo no topo do campeonato, mas o projecto assentava numa grande ilusão, a de que era possível, através da acção psicológica, transformar jogadores medianos em grandes jogadores. Estávamos na época de 1970/71, Meirim foi afastado e com a equipa em risco, Homero Serpa saltou para o banco, e revelou-se um treinador de sucesso!
Conceituado jornalista, escrevia bem, às vezes num estilo rebuscado, que se foi tornando cada vez mais hermético à medida que as palavras mais simples já não conseguiam esconder a desilusão pelos caminhos que o futebol, e o desporto em geral, percorriam. À medida do declínio do Belenenses! Mas quando, por momentos, se libertava dessa condição, os seus textos adquiriam outra beleza e tinham o condão de nos comover.
Que a sua alma descanse em paz.
À família enlutada apresentamos os nossos sentidos pêsames.
Não irei além de Abril de 1974, marco de desavença entre belenenses e de inexorável declínio para o clube… até hoje. Quero antes recordar o tempo em que estávamos unidos, sem politiquices portas adentro, no tempo em que admirei Homero Serpa por aquele gesto decidido de pegar na equipa que se afundava, e conseguir mantê-la na primeira divisão! Era um mero jornalista, director ou seccionista, mas não teve dúvidas, avançou para salvar o Clube do seu coração! Lembro-me que Meirim tinha colocado as expectativas no céu, o Belenenses apresentou-se nas primeiras jornadas como candidato ao título e na deslocação a Portimão o ambiente foi indescritível!... O público acorreu em massa para ver a Cruz de Cristo no topo do campeonato, mas o projecto assentava numa grande ilusão, a de que era possível, através da acção psicológica, transformar jogadores medianos em grandes jogadores. Estávamos na época de 1970/71, Meirim foi afastado e com a equipa em risco, Homero Serpa saltou para o banco, e revelou-se um treinador de sucesso!
Conceituado jornalista, escrevia bem, às vezes num estilo rebuscado, que se foi tornando cada vez mais hermético à medida que as palavras mais simples já não conseguiam esconder a desilusão pelos caminhos que o futebol, e o desporto em geral, percorriam. À medida do declínio do Belenenses! Mas quando, por momentos, se libertava dessa condição, os seus textos adquiriam outra beleza e tinham o condão de nos comover.
Que a sua alma descanse em paz.
À família enlutada apresentamos os nossos sentidos pêsames.
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