As noventa e nove razões para não vender Ruben Amorim ao Benfica, são as seguintes:
1ª - Não se vendem os anéis à concorrência, porque a seguir vão os dedos. A nossa concorrência chama-se Benfica, Sporting e Porto…e por esta ordem. Os dois primeiros fazem-nos concorrência directa à porta de casa e são protegidos pelo Estado em todo o território nacional.
Lembro, para quem se tenha esquecido ou para quem não saiba, que descemos o primeiro degrau da nossa decadência quando vendemos o Yaúca ao Benfica e a seguir o Peres ao Sporting. A partir daí, foi sempre a perder.
2ª - O projecto de recuperação do Clube passa inevitavelmente por formar e segurar a espinha dorsal da equipa de futebol, que assim contaminará, no bom sentido, os que entram e saem no normal corropio das transferências anuais.
‘Formar’, quer dizer isso mesmo, moldar e transmitir aos formandos a cultura do Clube, que, no nosso caso, tem que passar inevitavelmente por um sentimento de forte rivalidade com a segunda circular. Também queremos ouvir aquilo que ouvimos aos outros – em Portugal, só jogo no Belenenses!
Se não conseguirmos este objectivo, o melhor é nem pensar em fazer formação.
3ª - Portanto e àqueles dos formandos a quem damos a oportunidade e a honra de envergarem a camisola azul com a Cruz de Cristo, para fazerem carreira na primeira equipa do Belenenses, temos que estar cientes de que possuem, não apenas a necessária habilidade de pés, mas a fortaleza de espírito para serem a tal espinha dorsal indispensável em todos os clubes que ganham mais vezes do que perdem.
A esta hora oiço o coro dos incapazes e dos que já se habituaram a perder, gaguejar as habituais inferioridades, tais como – ‘isso agora já não é assim, os miúdos já não têm amor à camisola, querem é dinheiro e prestígio, etc! ‘ Bem, isto é conversa de empresário ou de quem se sente incapaz de dar a volta ao texto! É só o que me apetece acrescentar.
4ª - O Benfica não tem dinheiro nem tenciona pagar em dinheiro, vive de expedientes e de toda a espécie de subterfúgios, com a cobertura entusiástica de toda a comunicação social. Irá propor uma negociata baseada em troca por jogadores de valor duvidoso e pela certa ficaremos a perder. Lembram-se do Alverca!
A ser absolutamente necessário vender, que se venda para o estrangeiro, através de um negócio claro e garantindo sempre os nossos direitos sobre futuras transacções do jogador.
E faço aqui um parêntese para lembrar que a venda de jogadores como uma solução para os problemas financeiros dos clubes, já não é o ‘el dorado’ que se anunciava. Aliás os próximos tempos irão assistir a uma considerável redução contabilística dos chamados ‘activos’. Sabem porquê?! O que não faltam são jogadores no mercado, para todos os gostos e paladares.
Ao contrário, o que falta no mercado, são os tais jogadores com a cultura dos clubes onde são formados e que acabam por fazer a diferença entre as instituições. Umas, querem apenas manter-se ou têm objectivos de curto prazo. As outras, que espero seja o nosso caso, têm história e aspirações acima da média.
Falta apenas a centésima razão em que admito livrar-me de um anel que afinal não é em ouro de lei, mas uma reles falsificação. Nesse caso terei que admitir que falhei como formador, não apenas em relação ao jogador mas em relação ao homem que me cabia educar em primeira instância.
Mesmo assim defenderei a venda do jogador nas condições menos gravosas para o Belenenses e sem fraquejar nos argumentos.
Mas não creio que seja o caso em apreço, pois deposito a maior confiança no Ruben Amorim. Estou convencido que preferirá ser alguém no Belenenses a ser suplente ou apenas mais um, num desses clubes do estado.
Saudações azuis.
1ª - Não se vendem os anéis à concorrência, porque a seguir vão os dedos. A nossa concorrência chama-se Benfica, Sporting e Porto…e por esta ordem. Os dois primeiros fazem-nos concorrência directa à porta de casa e são protegidos pelo Estado em todo o território nacional.
Lembro, para quem se tenha esquecido ou para quem não saiba, que descemos o primeiro degrau da nossa decadência quando vendemos o Yaúca ao Benfica e a seguir o Peres ao Sporting. A partir daí, foi sempre a perder.
2ª - O projecto de recuperação do Clube passa inevitavelmente por formar e segurar a espinha dorsal da equipa de futebol, que assim contaminará, no bom sentido, os que entram e saem no normal corropio das transferências anuais.
‘Formar’, quer dizer isso mesmo, moldar e transmitir aos formandos a cultura do Clube, que, no nosso caso, tem que passar inevitavelmente por um sentimento de forte rivalidade com a segunda circular. Também queremos ouvir aquilo que ouvimos aos outros – em Portugal, só jogo no Belenenses!
Se não conseguirmos este objectivo, o melhor é nem pensar em fazer formação.
3ª - Portanto e àqueles dos formandos a quem damos a oportunidade e a honra de envergarem a camisola azul com a Cruz de Cristo, para fazerem carreira na primeira equipa do Belenenses, temos que estar cientes de que possuem, não apenas a necessária habilidade de pés, mas a fortaleza de espírito para serem a tal espinha dorsal indispensável em todos os clubes que ganham mais vezes do que perdem.
A esta hora oiço o coro dos incapazes e dos que já se habituaram a perder, gaguejar as habituais inferioridades, tais como – ‘isso agora já não é assim, os miúdos já não têm amor à camisola, querem é dinheiro e prestígio, etc! ‘ Bem, isto é conversa de empresário ou de quem se sente incapaz de dar a volta ao texto! É só o que me apetece acrescentar.
4ª - O Benfica não tem dinheiro nem tenciona pagar em dinheiro, vive de expedientes e de toda a espécie de subterfúgios, com a cobertura entusiástica de toda a comunicação social. Irá propor uma negociata baseada em troca por jogadores de valor duvidoso e pela certa ficaremos a perder. Lembram-se do Alverca!
A ser absolutamente necessário vender, que se venda para o estrangeiro, através de um negócio claro e garantindo sempre os nossos direitos sobre futuras transacções do jogador.
E faço aqui um parêntese para lembrar que a venda de jogadores como uma solução para os problemas financeiros dos clubes, já não é o ‘el dorado’ que se anunciava. Aliás os próximos tempos irão assistir a uma considerável redução contabilística dos chamados ‘activos’. Sabem porquê?! O que não faltam são jogadores no mercado, para todos os gostos e paladares.
Ao contrário, o que falta no mercado, são os tais jogadores com a cultura dos clubes onde são formados e que acabam por fazer a diferença entre as instituições. Umas, querem apenas manter-se ou têm objectivos de curto prazo. As outras, que espero seja o nosso caso, têm história e aspirações acima da média.
Falta apenas a centésima razão em que admito livrar-me de um anel que afinal não é em ouro de lei, mas uma reles falsificação. Nesse caso terei que admitir que falhei como formador, não apenas em relação ao jogador mas em relação ao homem que me cabia educar em primeira instância.
Mesmo assim defenderei a venda do jogador nas condições menos gravosas para o Belenenses e sem fraquejar nos argumentos.
Mas não creio que seja o caso em apreço, pois deposito a maior confiança no Ruben Amorim. Estou convencido que preferirá ser alguém no Belenenses a ser suplente ou apenas mais um, num desses clubes do estado.
Saudações azuis.
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