A Capela do Senhor Santo Cristo tem quinhentos anos!
“Descoberta” e recuperada aquando da construção do Estádio do Restelo, fazia parte da antiga quinta do Mosteiro dos Jerónimos e ali está hoje, encostada e despercebida, junto ao portão poente, na rua de Alcolena.
O plano inicial do Estádio do Restelo respeitou naturalmente este monumento nacional e era concerteza seu desígnio enquadrá-lo devidamente, integrando todo aquele espaço num conjunto harmonioso e duradouro.
Entretanto, o que fizemos nós, belenenses?
Por ignorância e incapacidade, pespegámos-lhe em cima com um “pavilhão”, autêntico corpo estranho em termos arquitectónicos, desportivamente desactualizado, e que continua a inviabilizar a requalificação daquela zona.
Não está sequer em causa o esforço e boa vontade que levou à construção daquele edifício. A questão não é essa. Prende-se antes, com as vistas curtas, com a política de desenrasque, que normalmente não respeita a envolvente e contribui para desvalorizar a “herança” posta à nossa guarda!
O pior é que estes exemplos parece que fazem escola, e só assim se compreende a recente construção da cobertura contígua ao Pavilhão Acácio Rosa, em forma de urna, entaipando o campo de treinos, sem qualquer perspectiva ou futuro, e que ao fim e ao cabo se traduz em mais um “abarracamento”!
Ora bem, não custa muito perceber, que daqui a quinhentos anos, o Estádio do Restelo, o Belenenses, os outros clubes de futebol, o próprio futebol, já não existam... mas é bem possível, que aquela capelinha continue de pé, a desafiar o tempo e a nossa memória colectiva! E tudo isto é natural.
Existe contudo a possibilidade real de prolongarmos por muitos e bons anos o nosso convívio e boa vizinhança com a Capela do Senhor Santo Cristo. Basta compreendermos, com a necessária humildade, que as nossas obras são sempre pequenas quando não respeitam o que nos foi confiado. Depois de entendermos isto, talvez seja possível edificarmos alguma coisa de verdadeiramente duradouro.
O Belenenses e o Estádio do Restelo agradecem, e eu tenho que agradecer a inspiração deste postal, ao Senhor Santo Cristo.
Saudações azuis integrais.
“Descoberta” e recuperada aquando da construção do Estádio do Restelo, fazia parte da antiga quinta do Mosteiro dos Jerónimos e ali está hoje, encostada e despercebida, junto ao portão poente, na rua de Alcolena.
O plano inicial do Estádio do Restelo respeitou naturalmente este monumento nacional e era concerteza seu desígnio enquadrá-lo devidamente, integrando todo aquele espaço num conjunto harmonioso e duradouro.
Entretanto, o que fizemos nós, belenenses?
Por ignorância e incapacidade, pespegámos-lhe em cima com um “pavilhão”, autêntico corpo estranho em termos arquitectónicos, desportivamente desactualizado, e que continua a inviabilizar a requalificação daquela zona.
Não está sequer em causa o esforço e boa vontade que levou à construção daquele edifício. A questão não é essa. Prende-se antes, com as vistas curtas, com a política de desenrasque, que normalmente não respeita a envolvente e contribui para desvalorizar a “herança” posta à nossa guarda!
O pior é que estes exemplos parece que fazem escola, e só assim se compreende a recente construção da cobertura contígua ao Pavilhão Acácio Rosa, em forma de urna, entaipando o campo de treinos, sem qualquer perspectiva ou futuro, e que ao fim e ao cabo se traduz em mais um “abarracamento”!
Ora bem, não custa muito perceber, que daqui a quinhentos anos, o Estádio do Restelo, o Belenenses, os outros clubes de futebol, o próprio futebol, já não existam... mas é bem possível, que aquela capelinha continue de pé, a desafiar o tempo e a nossa memória colectiva! E tudo isto é natural.
Existe contudo a possibilidade real de prolongarmos por muitos e bons anos o nosso convívio e boa vizinhança com a Capela do Senhor Santo Cristo. Basta compreendermos, com a necessária humildade, que as nossas obras são sempre pequenas quando não respeitam o que nos foi confiado. Depois de entendermos isto, talvez seja possível edificarmos alguma coisa de verdadeiramente duradouro.
O Belenenses e o Estádio do Restelo agradecem, e eu tenho que agradecer a inspiração deste postal, ao Senhor Santo Cristo.
Saudações azuis integrais.
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