quinta-feira, outubro 22, 2020

Árbitros e arbitragens

 

Pegando numa deixa de Rui Pedro Soares (VAR) e numa queixa de Sérgio Conceição (Champions) vamos lá analisar a situação.

Um ponto prévio: - estamos em Portugal país que passa a vida a falar de arbitragem sinal certo e seguro de haver muita batota e muito batoteiro. Neste falatório sobressaem três clubes (Benfica, Sporting e Porto) que são por acaso e de longe os mais beneficiados com os 'erros' de arbitragem.


No caso do VAR e dos foras de jogo é evidente que existe uma participação humana na análise dos mesmos. De facto quem decide parar a imagem é alguém do VAR e esse momento condiciona tudo o resto. Já houve sugestões para fabricar uma zona 'neutra' onde o atacante fosse considerado 'em linha', e portanto em jogo. Sendo que a dita zona corresponderia a determinado número de centímetros. Vinte centímetros, por exemplo. Mas nada seria perfeito. Depois, se por um centímetro, no caso 21 centímetros, houvesse um fora de jogo, de novo surgiriam as dúvidas e as críticas.

Concluindo, é difícil agradar a gregos e troianos. O actual sistema talvez favoreça mais as equipas que defendem. Caso do Belenenses embora desta vez tenha sido 'prejudicado'. Acontece.


Passemos à Champions e ao hábito de culpar a arbitragem (VAR incluído) pelas derrotas esquecendo os erros próprios. Sérgio Conceição que tem mau perder apontou logo as baterias ao árbitro. Um árbitro da Letónia que ao contrário do choradinho nacional realizou uma excelente arbitragem. Claro que se afastou do padrão a que estamos habituados – não passou cartão aos saltos de corça de Pepe tentando simular um penalty, nem marcou falta quando Sérgio Oliveira parou por sua conta e risco esperando que o árbitro seguisse as suas instruções. Enganou-se. O juiz letão achou e bem que Sérgio Oliveira, ainda que tivesse sofrido um agarrão, poderia ter continuado com a bola, e deixou prosseguir o lance. Daqui resultou uma tremenda estirada de Marchesin a evitar o quarto golo dos ingleses. Sérgio Oliveira nem é o maior culpado deste tipo de atitude porque na verdade qualquer árbitro português teria obedecido ao jogador do Porto, teria parado o jogo e marcado falta. Pergunto: É a isto que Sérgio Conceição se referia quando exaltou a arbitragem portuguesa?!

Finalmente o penalty foi penalty, o livre que deu o segundo golo foi livre, e no pisão a Marchesin o jogador do City joga a bola primeiro e só a seguir há o contacto inevitável. Convém ter presente que nem todos os pisões são falta. O que ninguém falou a propósito desse lance foi na inépcia do Corona que esteve na origem do penalty. Aliás Corona já tinha dado barraca antes.


Saudações azuis

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