terça-feira, dezembro 11, 2018

'É normal olhar para cima'


Há muito tempo que não ouvia isto! Um treinador do Belenenses sem complexos e com o instinto de grandeza intacto! Merece aplauso e merece umas linhas. Até porque já se começa a falar no assunto, na muralha de aço que com doze jornadas decorridas tem apenas duas derrotas e sofreu apenas dez golos! Sendo que três deles (contra o Braga) foram o preço de uma aprendizagem dolorosa mas que felizmente foi compreendida. Por todos.

Voltando aos números defensivos, que nos colocam a par dos candidatos ao título, é forçoso atribuir mérito a Silas e à sua equipa técnica. O tempo das saudosas Torres de Belém não volta mais, hoje o trabalho defensivo é repartido por todos, não fosse o futebol um jogo colectivo. E isso nota-se bem no Belenenses e é talvez a razão principal do sucesso – defrontamos qualquer equipa com a mesma postura conseguindo quase sempre impor os nossos princípios de jogo. A acrescentar a tudo isto nota-se o crescimento mental dos jogadores sem o qual é muito difícil atingir objectivos ambiciosos. E não podemos esquecer o contexto adverso, a guerrilha interna, a actual impossibilidade de jogar no Restelo, factores que têm sido superados e acabaram por fortalecer ainda mais o grupo.

Não há bela sem senão e no lado negativo temos a escassez de golos marcados. Um problema incontornável que tem que ser resolvido sabendo que o nosso campeonato favorece as equipas que marcam mais golos.

O mercado de Janeiro pode ser a solução – mais um ponta de lança (Keita não vai jogar tão cedo) e mais alguém para o corredor direito que alterne com Sagná e Diogo Viana. Para podermos olhar para cima com outra certeza.

Saudações azuis


Nota: O VAR lusitano! Pedro Henriques ex-árbitro e grande especialista em 'VAR doméstico' explica-nos como devemos entender o actual protocolo! É assim: - o VAR só intervém quando tem a certeza absoluta que houve um erro grosseiro do árbitro de campo. No mais fica em silêncio. Portanto, a ser verdade o que Pedro Henriques nos diz o VAR teve dúvidas na grande penalidade cometida por Filipe sobre Nakajima e por isso ficou mudo, e não teve dúvidas sobre a grande penalidade que (não) foi cometida por um jogador do Desportivo das Aves sobre o sportinguista Diaby. Neste caso alertou o árbitro para o 'erro grosseiro'. Tão grosseiro que ninguém no campo se apercebeu do erro e mesmo depois das repetições continuámos com dúvidas.
Concluindo, tudo se resume a uma questão de certezas e dúvidas do VAR o que nos leva a crer que Pedro Henriques se esqueceu de enunciar a alínea fundamental que guia o protocolo lusitano! E que deve rezar o seguinte: - a favor dos grandes não há dúvidas; contra os grandes há sempre dúvidas. 
E agora já percebemos.

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