Há
muito tempo que não ouvia isto! Um treinador do Belenenses sem
complexos e com o instinto de grandeza intacto! Merece aplauso e
merece umas linhas. Até porque já se começa a falar no assunto, na
muralha de aço que com doze jornadas decorridas tem apenas duas
derrotas e sofreu apenas dez golos! Sendo que três deles (contra o
Braga) foram o preço de uma aprendizagem dolorosa mas que felizmente
foi compreendida. Por todos.
Voltando
aos números defensivos, que nos colocam a par dos candidatos ao
título, é forçoso atribuir mérito a Silas e à sua equipa
técnica. O tempo das saudosas Torres de Belém não volta mais, hoje
o trabalho defensivo é repartido por todos, não fosse o futebol um
jogo colectivo. E isso nota-se bem no Belenenses e é talvez a razão
principal do sucesso – defrontamos qualquer equipa com a mesma
postura conseguindo quase sempre impor os nossos princípios de jogo.
A acrescentar a tudo isto nota-se o crescimento mental dos jogadores
sem o qual é muito difícil atingir objectivos ambiciosos. E não
podemos esquecer o contexto adverso, a guerrilha interna, a actual
impossibilidade de jogar no Restelo, factores que têm sido superados
e acabaram por fortalecer ainda mais o grupo.
Não
há bela sem senão e no lado negativo temos a escassez de golos
marcados. Um problema incontornável que tem que ser resolvido
sabendo que o nosso campeonato favorece as equipas que marcam mais
golos.
O
mercado de Janeiro pode ser a solução – mais um ponta de lança
(Keita não vai jogar tão cedo) e mais alguém para o corredor
direito que alterne com Sagná e Diogo Viana. Para podermos olhar
para cima com outra certeza.
Saudações
azuis
Nota:
O VAR lusitano! Pedro Henriques ex-árbitro e grande especialista em
'VAR doméstico' explica-nos como devemos entender o actual
protocolo! É assim: - o VAR só intervém quando tem a certeza
absoluta que houve um erro grosseiro do árbitro de campo. No mais
fica em silêncio. Portanto, a ser verdade o que Pedro Henriques nos
diz o VAR teve dúvidas na grande penalidade cometida por Filipe
sobre Nakajima e por isso ficou mudo, e não teve dúvidas sobre a
grande penalidade que (não) foi cometida por um jogador do
Desportivo das Aves sobre o sportinguista Diaby. Neste caso alertou o
árbitro para o 'erro grosseiro'. Tão grosseiro que ninguém no
campo se apercebeu do erro e mesmo depois das repetições
continuámos com dúvidas.
Concluindo,
tudo se resume a uma questão de certezas e dúvidas do VAR o que nos
leva a crer que Pedro Henriques se esqueceu de enunciar a alínea
fundamental que guia o protocolo lusitano! E que deve rezar o seguinte: - a
favor dos grandes não há dúvidas; contra os grandes há sempre
dúvidas.
E agora já percebemos.
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