"Todos nós adoramos o futebol inglês mas não fazemos nada para ficarmos iguais a ele!" Uma frase simples, verdadeira e que só precisa de ser esmiuçada por alguém que não tenha medo de dizer a verdade a si próprio. E a verdade é que não queremos mudar. E não queremos mudar porque isso implicaria gostar da competição, do jogo em si, e nós só gostamos de ganhar. E quando o nosso clube deixa de ganhar durante algum tempo mudamos para outro que esteja a ganhar há já algum tempo. Daí os seis milhões de benfiquistas, os portistas de Lisboa, e os estádios vazios por esse Portugal fora.
Descendo ao concreto e àquilo que de facto nos separa do futebol inglês podíamos dar como exemplo o recente jogo do Bessa. Aparentemente a intensidade estava lá, o próprio estádio é dos mais parecidos com os estádios ingleses, mas em Inglaterra os jogadores jogam a bola e não se vê aquele festival de agarrão! Que é anti desportivo e os árbitros ingleses não perdoam. Em Inglaterra o Boavista ao fim de cinco minutos já tinha pelo menos um jogador expulso.
Mas passando para outro nível comparativo, que é aquele que mais interessa a uma verdadeira indústria do futebol as diferenças são abissais. Começando pela centralização das transmissões televisivas e distribuição equitativa das receitas e acabando na independência e autoridade dos organismos que regem o futebol, tudo isso nos separa do futebol inglês. O tal futebol de que tanto gostamos! Talvez seja só por masoquismo que continuamos a sofrer este pobre futebol lusitano! Um masoquismo que anda entranhado na tutela, na federação e na liga! E que assim se comunica aos adeptos. Talvez?!
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