Quem
viu aqueles primeiros vinte minutos do Belenenses terá pensado que o
campeão vestia de azul. E apesar de alguma reacção manteria a
mesma ideia no fim da primeira parte. O que aconteceu a seguir é
outra história. O Porto, que precisava de ganhar, pressionou mais,
insistiu, fez algumas alterações e Silas em vez de se manter
sossegado, e de aceitar com naturalidade o golo do empate,
deslumbrou-se e quis responder às alterações de Sérgio Conceição.
Deu asneira. Para além de uma substituição defensiva numa altura
em que o Porto dispunha de uma bola parada (primeiro erro), retirou
de campo Nuno Coelho (segundo erro) e mudou o sistema táctico
inicial (terceiro erro). É o chamado três em um. E o Belenenses
nunca mais foi o mesmo. E a cada substituição piorava. Valeu Mika
no fim para disfarçar o resultado.
Mas
não vale dizer mal sem explicar. Os jornais dizem hoje que Nuno
Coelho foi o elo mais fraco! Não concordo. Estava sim a equilibrar
todo o sistema defensivo e a permitir que Cleylton realizasse a
melhor exibição desde que está no Belenenses. No sistema de três
centrais Cleylton ocupou-se do lado direito e juntamente com Gonçalo
Tavares deram grande luta a Brahimi e Alex Teles que só aos 53
minutos conseguiram passar! E deu o golo do empate.
É
verdade que era necessário refrescar a equipa nomeadamente Eduardo,
completamente esgotado e já amarelado. Mas isso faz-se homem por
homem sem mudar o sistema. Uma substituição certamente muito
difícil, basta olhar para o banco. E já não há Tandjigora.
Silas
só recuperou a forma nas declarações finais. Garantiu que vamos
lutar pela vitória em Alvalade e isso eu gosto sempre de ouvir. E
também constatou que precisamos de mais dois ou três jogadores.
Silas falou no ataque e eu obviamente concordo. Mas volto à minha
ideia. Ontem, substituir Eduardo não foi fácil. Nem ganhámos nada
com a troca. Contra o Porto nota-se mais.
Um
Bom Ano para todos os adeptos do Belenenses.
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