Se o futebol se resolvesse em pura lógica o encontro entre o quarto classificado e o décimo segundo estava desde logo resolvido. E se o assunto fosse comparar orçamentos ainda mais resolvido estava. Porém em futebol nada está garantido e esse é o sortilégio do desporto rei! E foi bonito ver a luta táctica entre dois grandes treinadores – Abel Ferreira e Silas – e mais uma vez foi por um triz que a balança pendeu para o lado do plantel mais forte.
No futebol ganha quem comete
menos erros e aquele primeiro lance logo no primeiro minuto de jogo foi
esclarecedor. Contra adversários como é o actual Sporting de Braga um erro daqueles
equivale práticamente a um golo. André Moreira felizmente defendeu. A partir
daí o Belém aprendeu e assistimos a um grande jogo, muito equilibrado, com
oportunidades numa e outra baliza. Em minha opinião o Belenenses surpreendeu
pela capacidade em ligar o seu futebol como há muito não se via e com uma
variante na defesa a cinco. Persson tanto era central como médio de acordo com
as movimentações do ataque bracarense. Ataque bracarense que conseguimos travar
com categoria e calma. O perigo era perder a bola nalguma transição.
Porquê?! Porque estamos a falar
do Braga, uma equipa que como já tenho referido me parece ser, neste momento, a
melhor desta primeira Liga. E que marca golos que se farta. O que valoriza ainda
mais a exibição azul. E por falar em boas exibições, impressionou-me a
desenvoltura de André Sousa e Bouba Saré, este com um futebol simples e eficaz.
E assim, o empate em branco com que terminou a primeira parte reflectia o que
se tinha passado dentro das quatro linhas.
Na segunda parte, como se
esperava, o Braga entrou forte, e Saré, como se esperava, atendendo a que esteve
muito tempo parado, dava mostras de cansaço. O Belenenses no entanto sacode a
pressão e aos cinquenta e quatro minutos Maurides tem uma grande oportunidade
para marcar. E nestes jogos quem marca primeiro adquire de imediato uma enorme
vantagem. Mas o cabeceamento passou rente ao poste. Silas entretanto tenta
refrescar a equipa. O problema é que as substituições para além de não terem
acrescentado nada ao jogo belenense, vieram azaradas! Repare-se, aos 59 minutos
saiu Saré e entrou Yebda e por coincidência dois minutos depois sofremos um
golo. Golo que não valeu porque tinha sido precedido de uma falta sobre
Persson. Entretanto o jogo prossegue e aos setenta minutos há nova substituição
– sai Diogo Viana e entra Benny. Um minuto depois sofremos o golo que viria a decidir
o encontro. Coincidência?! Azar?! Podemos pensar o que quisermos. Nathan ainda
entrou para o lugar de Sousa mas nessa altura o Braga fechou-se e controlou o
resultado.
Razão tinha Silas quando disse que havia poucas soluções no banco.
Resultado final: - Belenenses 0 –
Braga 1
Saudações azuis
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