Antes da crónica é preciso revisitar aquele sábado em que
dois dos maiores clubes portugueses, plenos de vitalidade presidencial,
preferiram discutir a divisão em lugar de privilegiarem a unidade! As
respectivas equipas de futebol ficaram naturalmente para segundas núpcias!
Coincidência ou não, ambas perderam sem apelo nem agravo e contra os dois
últimos classificados! Ilações a tirar?! Nenhumas… por enquanto.
Quanto ao jogo própriamente dito e depois de uma primeira
parte contra o vento, em que não rematámos à baliza, mas em que apesar de tudo
fomos equilibrando as coisas em termos de posse de bola, esperava eu,
esperávamos todos, que com o vento de feição pudéssemos encostar o Vitória de
Setúbal às cordas e chegar ao empate. E não havia nada que enganar, era bola rápidamente
nos flancos, e centro para o coração da área à procura da cabeça do ponta de
lança. Fizemos isso no primeiro minuto da segunda parte, foi o nosso primeiro
remate à baliza, mas a seguir, estranhamente, começámos a jogar para trás, a
perder bolas de forma infantil, e numa desconcentração fatal oferecemos o
segundo golo. Pouco depois mais um brinde defensivo e veio o terceiro. Só então
percebemos que o vento nos podia ajudar. E que não era necessário sair com a
bola em pequenos toques e tentativas de drible condenados ao insucesso. Mas já era tarde.
Silas, um treinador que gosto de ouvir porque explica em
poucas palavras aquilo que eu só sei dizer em muitas, resumiu o jogo e nesse
resumo salientou o narcisismo. E lembrei-me imediatamente de um conjunto de jogadores
que podiam enfiar a carapuça. O resto é o efeito natural do contágio. Sem
esquecer o grande mérito do adversário na nossa derrota.
Resultado final: - Vitória de Setúbal 3 – Belenenses 0
Saudações azuis
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