terça-feira, fevereiro 06, 2018

O vento não sopra a nosso favor!

Antes da crónica é preciso revisitar aquele sábado em que dois dos maiores clubes portugueses, plenos de vitalidade presidencial, preferiram discutir a divisão em lugar de privilegiarem a unidade! As respectivas equipas de futebol ficaram naturalmente para segundas núpcias! Coincidência ou não, ambas perderam sem apelo nem agravo e contra os dois últimos classificados! Ilações a tirar?! Nenhumas… por enquanto.

Quanto ao jogo própriamente dito e depois de uma primeira parte contra o vento, em que não rematámos à baliza, mas em que apesar de tudo fomos equilibrando as coisas em termos de posse de bola, esperava eu, esperávamos todos, que com o vento de feição pudéssemos encostar o Vitória de Setúbal às cordas e chegar ao empate. E não havia nada que enganar, era bola rápidamente nos flancos, e centro para o coração da área à procura da cabeça do ponta de lança. Fizemos isso no primeiro minuto da segunda parte, foi o nosso primeiro remate à baliza, mas a seguir, estranhamente, começámos a jogar para trás, a perder bolas de forma infantil, e numa desconcentração fatal oferecemos o segundo golo. Pouco depois mais um brinde defensivo e veio o terceiro. Só então percebemos que o vento nos podia ajudar. E que não era necessário sair com a bola em pequenos toques e tentativas de drible condenados ao insucesso. Mas já era tarde.

Silas, um treinador que gosto de ouvir porque explica em poucas palavras aquilo que eu só sei dizer em muitas, resumiu o jogo e nesse resumo salientou o narcisismo. E lembrei-me imediatamente de um conjunto de jogadores que podiam enfiar a carapuça. O resto é o efeito natural do contágio. Sem esquecer o grande mérito do adversário na nossa derrota.

Resultado final: - Vitória de Setúbal 3 – Belenenses 0



Saudações azuis

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