domingo, fevereiro 18, 2018

Do susto á vitória!

O jogo no Coimbra da Mota começou com um susto! Logo aos dois minutos a bola é colocada na esquerda do ataque estorilista para de seguida atravessar toda a área azul para um golo falhado incrivelmente por um tal Evandro, que nem imagina o bem que fez ao futuro próximo do Belenenses! A jogada (estudada) haveria de repetir-se mais tarde e com idêntico perigo embora eu pense que nessa altura já estávamos a vencer graças a um golo de Maurides. Um golo de contra ataque de acordo com o guião do meu anterior postal: - bola colocada por alto nas costas da defensiva adversária. Maurides até estava em posição irregular mas tirou partido da atrapalhação do defesa que cabeceou a bola pondo em jogo o avançado azul. A partir daí a equipa acalmou.

Mas ainda sobre o golo e sobre Maurides, que quebrou um longo jejum de golos de bola corrida, convém que Silas perceba que é colocando a bola à frente de Maurides que ele pode melhorar a sua perfomance. Explico mais uma vez: - Maurides não sabe, nem vai aprender agora a receber, ou a segurar a bola de costas para a baliza. Não tem pés para isso. Mas com a bola lançada para a frente, por alto ou por baixo, devido à sua corpulência, pode ganhar vantagem na disputa com os defesas. O resto vem com os golos e com a confiança que isso traz.

O outro tema é o três-cinco-dois! Três centrais com o Diogo Viana a falso defesa direito e falso ala, e no lado contrário o Florent com idênticas funções. Na verdade, a defender em bloco as coisas funcionaram, mas em transição rápida do adversário, como se viu naqueles dois lances, claudicámos demasiado. Em especial, pelo lado do Diogo Viana que, embora esforçado, não tem rins para lateral improvisado. Já com o Aves foi por ali que a desgraça começou. Um caso a rever.

O terceiro tema é a propalada posse de bola de que Silas não abdica. Ora bem, o que este campeonato nos tem mostrado é que nunca houve tantas vitórias fora por parte de todas as equipas, tornando-se cada vez mais difícil impor o chamado factor casa. E quando falamos de factor casa falamos de mais posse de bola. Isto é uma realidade. Sendo assim há que dançar consoante a música pondo de parte (para já) algumas ideias feitas. Acresce que o Belenenses não tem um ‘patrão’ no verdadeiro sentido do termo. Jogador, ele próprio com indiscutível posse de bola, indispensável para coordenar a posse de bola da equipa. Não tem e devia ter embora esses sejam jogadores caros e raros. Além de que é preciso saber escolhê-los. Estou a pensar num Tó Zé do Moreirense, num Fábio Espinho do Boavista, etc., jogadores que têm o colectivo nos olhos e na cabeça.

Últimos temas: Dar os parabém à equipa, que num contexto psicológico muito difícil, soube jogar e lutar de forma muito solidária, sem vedetismos ou criancices! E desejar ao infortunado Chaby um rápido restabelecimento.

Resultado final: Estoril 0 – Belenenses 2


Saudações azuis

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