O jogo no Coimbra da Mota começou com um susto! Logo aos dois
minutos a bola é colocada na esquerda do ataque estorilista para de seguida
atravessar toda a área azul para um golo falhado incrivelmente por um tal
Evandro, que nem imagina o bem que fez ao futuro próximo do Belenenses! A jogada
(estudada) haveria de repetir-se mais tarde e com idêntico perigo embora eu
pense que nessa altura já estávamos a vencer graças a um golo de Maurides. Um golo
de contra ataque de acordo com o guião do meu anterior postal: - bola colocada por
alto nas costas da defensiva adversária. Maurides até estava em posição
irregular mas tirou partido da atrapalhação do defesa que cabeceou a bola pondo
em jogo o avançado azul. A partir daí a equipa acalmou.
Mas ainda sobre o golo e sobre Maurides, que quebrou um
longo jejum de golos de bola corrida, convém que Silas perceba que é colocando
a bola à frente de Maurides que ele pode melhorar a sua perfomance. Explico mais
uma vez: - Maurides não sabe, nem vai aprender agora a receber, ou a segurar a
bola de costas para a baliza. Não tem pés para isso. Mas com a bola lançada
para a frente, por alto ou por baixo, devido à sua corpulência, pode ganhar
vantagem na disputa com os defesas. O resto vem com os golos e com a confiança
que isso traz.
O outro tema é o três-cinco-dois! Três centrais com o Diogo
Viana a falso defesa direito e falso ala, e no lado contrário o Florent com
idênticas funções. Na verdade, a defender em bloco as coisas funcionaram, mas
em transição rápida do adversário, como se viu naqueles dois lances,
claudicámos demasiado. Em especial, pelo lado do Diogo Viana que, embora
esforçado, não tem rins para lateral improvisado. Já com o Aves foi por ali que
a desgraça começou. Um caso a rever.
O terceiro tema é a propalada posse de bola de que Silas não
abdica. Ora bem, o que este campeonato nos tem mostrado é que nunca houve
tantas vitórias fora por parte de todas as equipas, tornando-se cada vez mais
difícil impor o chamado factor casa. E quando falamos de factor casa falamos de
mais posse de bola. Isto é uma realidade. Sendo assim há que dançar consoante a
música pondo de parte (para já) algumas ideias feitas. Acresce que o Belenenses
não tem um ‘patrão’ no verdadeiro sentido do termo. Jogador, ele próprio com
indiscutível posse de bola, indispensável para coordenar a posse de bola da
equipa. Não tem e devia ter embora esses sejam jogadores caros e raros. Além de
que é preciso saber escolhê-los. Estou a pensar num Tó Zé do Moreirense, num
Fábio Espinho do Boavista, etc., jogadores que têm o colectivo nos olhos e na
cabeça.
Últimos temas: Dar os parabém à equipa, que num contexto
psicológico muito difícil, soube jogar e lutar de forma muito solidária, sem
vedetismos ou criancices! E desejar ao infortunado Chaby um rápido
restabelecimento.
Resultado final: Estoril 0 – Belenenses 2
Saudações azuis
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