Vamos lá então falar do Eucidálcio
e nada melhor que uma história para não ter que fazer um desenho.
Dálcio, contaram-me, vinha no
Metro de Almada muito entusiasmado e a razão prendia-se com o facto de ir a
caminho de Belém para rubricar um contrato profissional. Era o realizar de um
sonho para um jovem que já tinha passado por um dos eucaliptos e fora preterido.
Seguiu-se um pequeno clube da margem sul onde o Belenenses o foi buscar para
jogar nos juniores. Uma história comum.
Acontece que Lito, treinador do
Belenenses, queixando-se das poucas alternativas que tinha para o ataque e
vendo ali um jogador com futuro terá acelerado o processo e eis Dálcio a jogar
na Taça da Liga, a driblar dois jogadores do Sporting e a apontar um golo de
categoria! Os adeptos deliraram e viram ali um novo ídolo, alguém que vingasse
as derrotas do presente, alguém que nos lembrasse o passado. É um erro mas é
assim que o coração funciona. Foi sol de pouca dura.
A comunicação social entrou em
cena, Dálcio foi logo convocado para a selecção de sub-qualquer coisa, o Benfica
também terá entrado em cena, deu as suas ordens, prometeu os tostões do
costume, e Dálcio deixou de ser do Belenenses. Vai continuar a rodar no Restelo,
mais um ano ao que se diz, e se vingar, então o Benfica tomará conta do
negócio. E eu pergunto: - que raio de negócio é este afinal?! Nem se percebe
para que quer o Belenenses um centro de formação?! Ou percebe-se, se for uma
sucursal do Seixal.
Saudações azuis
Nota: Uma das respostas possíveis
às questões que levanto seria esta: - se o Dálcio não ficar no Belenenses
mais um ano, vai rodar para um clube da concorrência! Pois que vá, é preferível
tentar valorizar outro jovem jogador e se tivermos necessidade de o vender, pois que
se venda no mercado externo, aos preços de mercado. Digo mercado externo porque
o mercado interno é uma armadilha, não existe. É um mercado de tesos onde havia
três tesos que tinham crédito ilimitado no BES, PT, e em mais umas quantas empresas falidas d'aquém e d'além mar! Isso ainda não acabou, mas vai ter que acabar.
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