Reduzida ao único interesse de saber quem é que consegue ficar nos lugares de acesso ao dinheiro da Champions, a nossa Liga está por isso completamente dependente das ‘boas’ arbitragens, aquelas que favorecem esses altos desígnios! Envolvidos no esquema, completamente dependentes dessas receitas extraordinárias, estão os três clubes do estado, que sabem bem que se forem excluídos dessa competição não terão como disfarçar as respectivas falências técnicas. É à volta disto, e da propaganda das selecções, que se constrói todo o edifício do futebol português, onde se inclui uma comunicação social missionária, para além de outros interesses que nada tem a ver com o futebol jogado nas quatro linhas. Já tracei este retrato mil vezes, já repeti mil vezes que os campeonatos internos não interessam para nada, que os restantes clubes são meros figurantes desta farsa, e por isso não é de estranhar que só tenham eco os casos de arbitragem que envolvam os clubes do estado, que se vigiam mutuamente, não vá um deles ser mais beneficiado que os outros. A única certeza que temos é que os pequenos clubes são sempre prejudicados quando os defrontam. A regra em Portugal é conhecida – na dúvida a favor dos grandes.
Reportando-me apenas ao passado recente, foi assim em Alvalade contra o Vitória de Setúbal, onde o árbitro e os respectivos auxiliares não viram uma falta assassina dentro da grande área leonina, que inclusivamente poderia ter posto em risco a integridade física do atacante sadino, mas depois conseguiram ver uma infracção milimétrica, porque era a favor do Sporting… e o Sporting estava a perder. Na Reboleira foi o que se sabe, ao minuto noventa, defronte para o lance, o árbitro viu por certo o defensor do Estrela devolver a bola de cabeça, mas porque o fiscal de linha levantou a bandeirola, resolveu seguir a sua indicação, acabando por favorecer o Benfica. Pediu desculpas depois, mas revelou o estado de irresponsabilidade em que vivemos. Explico: o árbitro é quem decide, os auxiliares servem apenas, como o nome indica, para auxiliar o árbitro e quando este sente necessidade disso. Nestas condições, se o árbitro não marca uma falta é porque não tem dúvidas, se entretanto o fiscal de linha levanta a bandeirola, o árbitro que está em contacto com o seu auxiliar, via rádio, deve prosseguir o jogo e o jogo tem que prosseguir. Assume assim a responsabilidade pelo que julga estar certo, e só em caso de dúvida, deve parar o jogo e consultar o seu auxiliar. E assim chegamos ao mais recente erro de arbitragem ocorrido ontem, no Benfica-Sporting, em que o árbitro resolveu desta vez responsabilizar-se... irresponsávelmente! Pedro Henriques estava mal colocado para visionar o lance que envolveu Katsouranis, teve dúvidas porque foi consultar o seu auxiliar, e nestas condições deveria ter seguido a respectiva indicação, que toda a gente percebeu qual era – marcar um penalty contra o Benfica. Porque é que não marcou? Eis a dúvida insanável!
Mas não crucifiquemos apenas a arbitragem porque aqui, sim, é obrigatório distribuir as responsabilidades pelos outros agentes desportivos, especialmente por quem tem a responsabilidade última de decidir... que tipo de competição é que queremos organizar. Esta que temos ou uma competição mais séria, a sério!
Saudações azuis.
Reportando-me apenas ao passado recente, foi assim em Alvalade contra o Vitória de Setúbal, onde o árbitro e os respectivos auxiliares não viram uma falta assassina dentro da grande área leonina, que inclusivamente poderia ter posto em risco a integridade física do atacante sadino, mas depois conseguiram ver uma infracção milimétrica, porque era a favor do Sporting… e o Sporting estava a perder. Na Reboleira foi o que se sabe, ao minuto noventa, defronte para o lance, o árbitro viu por certo o defensor do Estrela devolver a bola de cabeça, mas porque o fiscal de linha levantou a bandeirola, resolveu seguir a sua indicação, acabando por favorecer o Benfica. Pediu desculpas depois, mas revelou o estado de irresponsabilidade em que vivemos. Explico: o árbitro é quem decide, os auxiliares servem apenas, como o nome indica, para auxiliar o árbitro e quando este sente necessidade disso. Nestas condições, se o árbitro não marca uma falta é porque não tem dúvidas, se entretanto o fiscal de linha levanta a bandeirola, o árbitro que está em contacto com o seu auxiliar, via rádio, deve prosseguir o jogo e o jogo tem que prosseguir. Assume assim a responsabilidade pelo que julga estar certo, e só em caso de dúvida, deve parar o jogo e consultar o seu auxiliar. E assim chegamos ao mais recente erro de arbitragem ocorrido ontem, no Benfica-Sporting, em que o árbitro resolveu desta vez responsabilizar-se... irresponsávelmente! Pedro Henriques estava mal colocado para visionar o lance que envolveu Katsouranis, teve dúvidas porque foi consultar o seu auxiliar, e nestas condições deveria ter seguido a respectiva indicação, que toda a gente percebeu qual era – marcar um penalty contra o Benfica. Porque é que não marcou? Eis a dúvida insanável!
Mas não crucifiquemos apenas a arbitragem porque aqui, sim, é obrigatório distribuir as responsabilidades pelos outros agentes desportivos, especialmente por quem tem a responsabilidade última de decidir... que tipo de competição é que queremos organizar. Esta que temos ou uma competição mais séria, a sério!
Saudações azuis.
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