Tencionava abordar o tema por minha conta e risco, mas Jorge Olímpio Bento antecipou-se no jornal “A Bola” de hoje, por isso, com a devida vénia, resta-me transcrever um excerto do elucidativo texto!
No final acrescentarei então um comentário da minha lavra, para suprir a lacuna habitual – os interesses dos outros clubes, daqueles que nunca contam.
“Entre nós só o discurso económico é que conta. É o único e é imposto por todos os meios e em todos os quadrantes, como inevitável, logo, sem alternativa. Só é bom aquilo que satisfaz a economia; só isso é que serve o interesse nacional. Sendo que economia não se referencia mais às pessoas, mas apenas ao mercado; e ‘nacional’ não quer dizer o todo, nem sequer a maioria, mas uma minoria cada vez mais favorecida e apartada do resto.
O discurso revela, sem sofismas, quem é quem, de que lado está, os ideais que perfilha e os fins que persegue. Por maiores que sejam o engenho e arte dos enganadores.
Enfim, o conceito de economia hoje vigente é uma falsificação.
Também é assim no futebol.
A venda de jogadores para clubes estrangeiros é saudada como sucesso estrondoso. E é certamente para alguém, mas não para os nossos clubes. Estes têm estádios e despesas enormes mas ficam sem meios para singrar nas provas europeias, para praticar um futebol que entusiasme os adeptos e que possa gerar as tão necessárias receitas.
Ficam mais longe dos concorrentes internacionais e o dinheiro entrado em nada diminui o défice que se vai acumulando; as folhas de ordenado das SAD aumentam e a gestão ruinosa não é contida. Os números não enganam.
Quem ganha então com isso? Toda a gente sabe, mas não quer responder, prefere viver no engano ledo e quedo.
Quando se falará verdade em Portugal?”
O comentário é o mesmo de sempre: a questão levantada pelo autor tem toda a pertinência e denuncia o logro em que vivemos, mas ainda assim desconfio que só estava a pensar nos três clubes do estado. E os outros? Que nem sequer conseguem vender jogadores?
Saudações belenenses.
No final acrescentarei então um comentário da minha lavra, para suprir a lacuna habitual – os interesses dos outros clubes, daqueles que nunca contam.
“Entre nós só o discurso económico é que conta. É o único e é imposto por todos os meios e em todos os quadrantes, como inevitável, logo, sem alternativa. Só é bom aquilo que satisfaz a economia; só isso é que serve o interesse nacional. Sendo que economia não se referencia mais às pessoas, mas apenas ao mercado; e ‘nacional’ não quer dizer o todo, nem sequer a maioria, mas uma minoria cada vez mais favorecida e apartada do resto.
O discurso revela, sem sofismas, quem é quem, de que lado está, os ideais que perfilha e os fins que persegue. Por maiores que sejam o engenho e arte dos enganadores.
Enfim, o conceito de economia hoje vigente é uma falsificação.
Também é assim no futebol.
A venda de jogadores para clubes estrangeiros é saudada como sucesso estrondoso. E é certamente para alguém, mas não para os nossos clubes. Estes têm estádios e despesas enormes mas ficam sem meios para singrar nas provas europeias, para praticar um futebol que entusiasme os adeptos e que possa gerar as tão necessárias receitas.
Ficam mais longe dos concorrentes internacionais e o dinheiro entrado em nada diminui o défice que se vai acumulando; as folhas de ordenado das SAD aumentam e a gestão ruinosa não é contida. Os números não enganam.
Quem ganha então com isso? Toda a gente sabe, mas não quer responder, prefere viver no engano ledo e quedo.
Quando se falará verdade em Portugal?”
O comentário é o mesmo de sempre: a questão levantada pelo autor tem toda a pertinência e denuncia o logro em que vivemos, mas ainda assim desconfio que só estava a pensar nos três clubes do estado. E os outros? Que nem sequer conseguem vender jogadores?
Saudações belenenses.
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