Chegou agora o tempo para fazer o ponto de situação de uma época a todos os títulos brilhante, e na melhor altura, no dia em que Jorge Jesus dá uma grande entrevista ao jornal “A Bola”.
E não há melhor começo do que Jesus para começar:
Temos um grande treinador, desassombrado e sem medo das palavras, que às vezes soam a vaidade, mas que significam apenas um grito de afirmação de quem subiu a pulso na carreira, sem ajudas, mas pelos seus méritos. Mas Jorge Jesus tem mais mérito porque é difícil treinar o Belenenses, um clube onde poucos conseguem ter êxito, porque já foi grande e já não é, porque ainda tem na memória as conquistas do passado, mas que ao mesmo tempo parece incapaz de recuperar o terreno perdido. E que ainda assim não consegue atirar a toalha ao chão, num gesto de rendição, porque sente uma estranha obrigação de corresponder, de tentar reconquistar um lugar entre os grandes do nosso futebol. Este estado de espírito não ajuda os treinadores que chegam ao Restelo e se propõem, realisticamente, realizar um trabalho de acordo com as condições que o clube actualmente oferece, mas que acabam quase sempre confrontados com uma ambição maior que a realidade! Mas foi precisamente neste ponto decisivo que Jorge Jesus soube dar a volta ao texto, às vezes com sorte, é certo, mas principalmente com sabedoria, com o tal ‘saber de experiências feito’, de que falava o poeta!
Reconstruiu uma equipa com os jogadores que tinham descido de divisão, foi buscar dois ou três elementos essenciais, escolhidos a dedo, Nivaldo e Alvim, pôs o Belenenses a jogar à bola, inventou um ponta de lança de sucesso, deu forma a uma série de jogadores que passavam despercebidos, Marco Gonçalves, por exemplo, valorizou alguns dos jovens provenientes da ‘cantera’, em suma, fez aquilo que só os grandes treinadores conseguem fazer – transformar o que parecia não ter valor em activos cobiçados por clubes de nomeada. A chamada às selecções de uma série de jogadores lançados por Jorge Jesus é o seu melhor cartão de visita!
Na próxima época Jesus já sabe que será avaliado por outra bitola, mais exigente, e por isso mesmo prepara o discurso, com a matreirice de quem também sabe que o futebol não é uma ciência exacta. Diz ele que será difícil repetir uma época tão positiva, e ao mesmo tempo…prepara o milagre!
Termino com um desejo que é subscrito por todos os belenenses: que Jorge Jesus tenha a sorte que merece…e que o Belenenses seja campeão.
E não há melhor começo do que Jesus para começar:
Temos um grande treinador, desassombrado e sem medo das palavras, que às vezes soam a vaidade, mas que significam apenas um grito de afirmação de quem subiu a pulso na carreira, sem ajudas, mas pelos seus méritos. Mas Jorge Jesus tem mais mérito porque é difícil treinar o Belenenses, um clube onde poucos conseguem ter êxito, porque já foi grande e já não é, porque ainda tem na memória as conquistas do passado, mas que ao mesmo tempo parece incapaz de recuperar o terreno perdido. E que ainda assim não consegue atirar a toalha ao chão, num gesto de rendição, porque sente uma estranha obrigação de corresponder, de tentar reconquistar um lugar entre os grandes do nosso futebol. Este estado de espírito não ajuda os treinadores que chegam ao Restelo e se propõem, realisticamente, realizar um trabalho de acordo com as condições que o clube actualmente oferece, mas que acabam quase sempre confrontados com uma ambição maior que a realidade! Mas foi precisamente neste ponto decisivo que Jorge Jesus soube dar a volta ao texto, às vezes com sorte, é certo, mas principalmente com sabedoria, com o tal ‘saber de experiências feito’, de que falava o poeta!
Reconstruiu uma equipa com os jogadores que tinham descido de divisão, foi buscar dois ou três elementos essenciais, escolhidos a dedo, Nivaldo e Alvim, pôs o Belenenses a jogar à bola, inventou um ponta de lança de sucesso, deu forma a uma série de jogadores que passavam despercebidos, Marco Gonçalves, por exemplo, valorizou alguns dos jovens provenientes da ‘cantera’, em suma, fez aquilo que só os grandes treinadores conseguem fazer – transformar o que parecia não ter valor em activos cobiçados por clubes de nomeada. A chamada às selecções de uma série de jogadores lançados por Jorge Jesus é o seu melhor cartão de visita!
Na próxima época Jesus já sabe que será avaliado por outra bitola, mais exigente, e por isso mesmo prepara o discurso, com a matreirice de quem também sabe que o futebol não é uma ciência exacta. Diz ele que será difícil repetir uma época tão positiva, e ao mesmo tempo…prepara o milagre!
Termino com um desejo que é subscrito por todos os belenenses: que Jorge Jesus tenha a sorte que merece…e que o Belenenses seja campeão.
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