Como é hábito, uma vez por ano e em colaboração com o jornal “A Bola”, a empresa Deloitte publica sem o saber um retrato do Portugal contemporâneo. A fotografia é a preto e branco e refere-se ao futebol como se poderia referir a todas as vertentes da vida nacional! É caso para dizer: diz-me o futebol que tens, que eu digo-te quem és.
Vamos então fazer uma breve análise comparativa dos números apresentados mas seguindo uma orientação diferente da Deloitte e com conclusões também diferentes.
Conclusões diferentes porque o relatório daquela empresa não é neutro, expressa uma mágoa, e não parece nada interessado em apontar o caminho da salvação!
A mágoa sente-se desde a primeira página quando insiste em comparar as receitas e as despezas dos grandes clubes europeus, aqueles que militam em Ligas competitivas e rentáveis, com as receitas e despezas de Benfica Sporting e Porto, que como sabemos, dominam há mais de meio século e de forma hegemónica uma ‘indústria’ futebolística falida, que sobrevive à custa de subsídios do orçamento de estado e de aldrabices. Curioso que não se tenha lembrado de comparar os salários mínimos em vigor nesses mesmos países, Espanha, Inglaterra, França ou Alemanha, com o miserável salário mínimo português!!! E por aí é que o estudo deveria ter enveredado mas para tirar outras conclusões, que nos deviam envergonhar a todos, e ser motivo de preocupação de Governos e polícias!
O que era interessante comparar e frisar, não era o fosso que existe entre Portugal e os seus parceiros europeus, em todos os domínios, esse é um problema de política interna, tal como a regeneração do nosso futebol também é. O que temos que comparar e está ao nosso alcance corrigir, diz respeito ao fosso existente entre os três clubes chamados grandes e os restantes clubes da Liga. E não é preciso inventar nada, basta copiarmos as reformas que foram feitas, por exemplo em França, ou aqui mesmo ao lado, em Espanha. Nesse sentido o estudo da Deloitte poderia por um momento esquecer-se de comparações megalómanas e perguntar-se porque é que um clube da segunda Liga espanhola é um potencial comprador de quase todos os jogadores que alinham na primeira Liga portuguesa! Aqui é que bate o ponto.
Para o fim deixo à Vossa consideração os números da vergonha:
Super Liga (2005/06)
Custos totais:
Benfica, Sporting e Porto – 180 milhões de euros
Restantes quinze clubes ---- 95 milhões de euros
(Belenenses) ………………(7,4)
Receitas totais:
Benfica, Sporting e Porto…….149,6 milhões de euros
Restantes quinze clubes……… 89,0 milhões de euros
(Belenenses) ……………………. (6,3)
Segmentação de receitas (televisão):
Benfica, Sporting e Porto………22,6 milhões de euros
Restantes quinze clubes………...23 milhões de euros
Conclusão: Face a estes números queremos organizar que tipo de competição (escolha uma das hipóteses):
1. Campeonato nacional?
2. Campeonato litoral (a norte do Tejo)?
3. Campeonato entre pobres e ricos, com os pobres a jogarem descalços e os ricos com botas cardadas?
Conclusões diferentes porque o relatório daquela empresa não é neutro, expressa uma mágoa, e não parece nada interessado em apontar o caminho da salvação!
A mágoa sente-se desde a primeira página quando insiste em comparar as receitas e as despezas dos grandes clubes europeus, aqueles que militam em Ligas competitivas e rentáveis, com as receitas e despezas de Benfica Sporting e Porto, que como sabemos, dominam há mais de meio século e de forma hegemónica uma ‘indústria’ futebolística falida, que sobrevive à custa de subsídios do orçamento de estado e de aldrabices. Curioso que não se tenha lembrado de comparar os salários mínimos em vigor nesses mesmos países, Espanha, Inglaterra, França ou Alemanha, com o miserável salário mínimo português!!! E por aí é que o estudo deveria ter enveredado mas para tirar outras conclusões, que nos deviam envergonhar a todos, e ser motivo de preocupação de Governos e polícias!
O que era interessante comparar e frisar, não era o fosso que existe entre Portugal e os seus parceiros europeus, em todos os domínios, esse é um problema de política interna, tal como a regeneração do nosso futebol também é. O que temos que comparar e está ao nosso alcance corrigir, diz respeito ao fosso existente entre os três clubes chamados grandes e os restantes clubes da Liga. E não é preciso inventar nada, basta copiarmos as reformas que foram feitas, por exemplo em França, ou aqui mesmo ao lado, em Espanha. Nesse sentido o estudo da Deloitte poderia por um momento esquecer-se de comparações megalómanas e perguntar-se porque é que um clube da segunda Liga espanhola é um potencial comprador de quase todos os jogadores que alinham na primeira Liga portuguesa! Aqui é que bate o ponto.
Para o fim deixo à Vossa consideração os números da vergonha:
Super Liga (2005/06)
Custos totais:
Benfica, Sporting e Porto – 180 milhões de euros
Restantes quinze clubes ---- 95 milhões de euros
(Belenenses) ………………(7,4)
Receitas totais:
Benfica, Sporting e Porto…….149,6 milhões de euros
Restantes quinze clubes……… 89,0 milhões de euros
(Belenenses) ……………………. (6,3)
Segmentação de receitas (televisão):
Benfica, Sporting e Porto………22,6 milhões de euros
Restantes quinze clubes………...23 milhões de euros
Conclusão: Face a estes números queremos organizar que tipo de competição (escolha uma das hipóteses):
1. Campeonato nacional?
2. Campeonato litoral (a norte do Tejo)?
3. Campeonato entre pobres e ricos, com os pobres a jogarem descalços e os ricos com botas cardadas?
4. Ou preferimos continuar a sustentar os sonhos europeus de três clubes à custa do empobrecimento geral?
Nota básica: Os Presidentes da Federação e da Liga deveriam ser obrigados a responder a este inquérito. E o Governo também.
Saudações azuis.
Nota básica: Os Presidentes da Federação e da Liga deveriam ser obrigados a responder a este inquérito. E o Governo também.
Saudações azuis.
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