quarta-feira, abril 26, 2006

Pois, a Académica...

O embate que tentámos a todo o transe evitar!
Claro que havíamos de jogar, mas sem o ar decisivo, em que é proibido empatar!
Já repararam por certo, que agora me deu pra rimar.
Falemos então de prosa, e do último vaticínio, que se mantém por enquanto:
Dizia eu – ‘se a Académica não perder, já não desce de escalão’. Mas a Académica perdeu, em Coimbra, com o Braga. Recordo aqui que avisei da reacção deste Braga, face ao último desaire.
Vejamos em perspectiva o que está para acontecer: O Braga recebe o Gil, são vizinhos, pode dar para empatar. A não ser que haja escândalo, e nesse caso ganhar! Sim, com uma vitória do galo, tudo muda de figura. Eu afasto esse cenário.
Olhemos o nosso jogo, qual é o forte da casa?
Amorim, Sandro, Gaspar, apostas do treinador; mas também posso juntar, o Paulinho mal amado, Paulo Sérgio, Sérgio Paulo, como lhe queiram chamar. Está melhor, da relva não gosta tanto, agora quanto a marcar...
E que traz o visitante? Sabendo que visitante, neste final truculento, é vantagem importante! Os da casa, mais afoitos, avançam sem precaução, e na volta sofrem eles, o golito da traição.
Académica já com Castro, é difícil de marcar, ainda tem Joeano, mais o Vingada a treinar.
E assim vou terminar:
Apoiemos os da Cruz, para um Domingo perfeito, esperando que da Madeira venha o necessário jeito.
Saudações azuis.

sábado, abril 22, 2006

Prognósticos de sábado

O Porto será hoje campeão, naturalmente. Ontem o Guimarães poderá ter descido à Liga de Honra, fazendo companhia ao condenado Penafiel. Não se afigura viável que nas Antas, na verdadeira festa do título, possa fazer qualquer surpresa! E daí o máximo de pontos que conseguiria somar seriam os supostos trinta e sete ou, em caso de empate com o Porto, trinta e oito pontos.
Recorde-se ainda, que tem jogadores importantes impedidos de alinhar, por terem visto cartões contra o Boavista.
O Gil Vicente é que me preocupa: tudo depende da boa condição física do Carlitos (e do Nandinho). Mas Carlitos é decisivo no esburacar das defesas! Tanta falta que nos fazia! Mesmo admitindo que jogaria poucos jogos atendendo à sua infeliz propensão para se lesionar. Estes jogadores quando se contratam, obrigam ao esforço suplementar de adquirir um outro jogador, do tipo operário, mas este esforço às vezes compensa. Tratando-se de elementos que só por si ganham jogos e pontos, não tenho dúvidas sobre a respectiva utilidade.
Concluindo sobre o Gil Vicente: se o Carlitos jogar contra o Rio Ave, o Gil ganha e faz trinta e seis pontos. Mesmo que perca em Braga (um jogo entre vizinhos), poderá apresentar-se contra nós com a possibilidade de somar trinta e nove ou quarenta pontos, no caso de empatar em Braga.
E em igualdade pontual, os rapazes de Barcelos, levariam vantagem sobre o Belenenses.
O Rio Ave tem um final de campeonato difícil. Defronta o Sporting na próxima jornada, em casa, é certo, mas o Sporting tem que ganhar, por causa do apuramento directo para a Liga dos Campeões. O Benfica está apenas a dois pontos.
Por isso admito que muito dificilmente o Rio Ave ultrapassará os trinta e sete ou trinta e oito pontos.
Agora a Naval. Em clara descida de forma, com jogadores cruciais impedidos de jogar, a Naval pode ainda assim facturar duas vitórias nos três jogos que lhe faltam realizar. Na penúltima jornada recebe o Leiria, num jogo muito perigoso, e vai a Penafiel para o tudo ou nada.
Apesar do calendário favorável, o meu prognóstico é o seguinte: a Naval não faz mais de trinta e nove pontos.
Paços de Ferreira: ficará com os pontos que conquistar ao Belenenses, e eventualmente mais um. E mais não digo.
A Académica tem apenas um problema: a reacção do Braga aos últimos desaires. Se não perder este jogo, fica na primeira Liga.
Os outros estão livres de perigo.
Amanhã por esta hora, já se adivinha muita coisa.
Saudações azuis.

quarta-feira, abril 19, 2006

Efemérides

Faz hoje um ano que publicámos aqui o primeiro postal:”Razão do nome”!
Vocemecês podem fazer como eu e clikar na ‘mãozinha’, em qualquer dos veleiros, ou mesmo na bandeira, porque recordar é viver.
Erros, sim, existiram, desencanto, também houve. Mas, no essencial, penso que não mudámos muito. Foram mais de cento e cinquenta postais, a maioria com letras, cheios de esperança no futuro do Clube de Futebol “Os Belenenses”. Cerca de quinze mil visitas, número ridículo se comparado com outros ‘espaços’ também azuis, mas de grande significado para os autores deste Belém Integral. Acreditamos que não é própriamente a quantidade, nem a arte da escrita, que podem fazer a diferença num Belenenses melhor! Batemo-nos pela coerência, pelo regresso ao futuro de um Grande Belenenses, que saiba honrar o passado, e que gostaríamos de transmitir maior e mais forte aos vindouros.
A tarefa não é fácil para os belenenses de hoje.
Fomos também espaço de diálogo, de debate, muitas vezes aceso, direito ao cerne das questões. Insistimos nos símbolos, na mística, na razão de ser Belém!
Mas ainda não é tempo de balanço. A perigosa situação classificativa, de todo impensável há um ano, preocupa-nos imenso. Não podemos cair na Liga de Honra, isso seria uma catástrofe.
Vamos ajudar a equipa a acabar em beleza este campeonato, depois falamos.

Falemos então de outras efemérides, não menos interessantes:

Ovarense, etc., etc., salários em atraso, repetição do que aconteceu em Setúbal, do que acontece encapotadamente por todo o lado, na Liga de Honra, melhor dito, nesse ‘campeonato autárquico’, suportado exclusivamente pelo Orçamento de Estado, que ainda não rebentou definitivamente, porque o futebol serve aos partidos para ganharem eleições! E aos construtores civis para ganharem umas massas, e a alguns espertalhões para... Não sabiam?
E agora pede-se aos anjinhos que intercedam pela Ovarense, para que compareça, porque senão...o campeonato da Honra não vai acabar nunca! Enquanto outros, aproveitando talvez a vizinhança de Abril, ameaçam com greve geral (!), não jogam mais!?
Assim vai o nosso pequenino país, com os nossos pequeninos dirigentes, com a microscópica comunicação social que temos, e nós, sim nós, o liliputiano povo que deu novos mundos ao mundo, dizem, que eu não acredito! Talvez os que se foram daqui embora, deste museu de miniaturas!
Mas esta efeméride já vai longa e ainda não acabou:
Evangelista “chamou os bois pelos nomes”. Leu a minha prosa decerto, porque eu já os tinha identificado há muito! Chamei-lhes na altura – biombos. Poucos me levaram a sério, muitos pensaram tratar-se mesmo de mobília; foi há um ano sensivelmente.
Para que conste, mas a lista está incompleta: Madaíl, Valentim, Cunha Leal e o Secretário de Estado, qualquer que ele seja!
Mas Evangelista não se livra da pergunta: então como é que vai ser para o ano com os cerca de cinquenta jogadores desempregados, vítimas da redução de duas equipas na primeira Liga?! Com menos duas equipas, o problema dos ordenados em atraso fica solucionado? Ou a caminho disso?
Nova efeméride me ocorre: o Boavista que vai jogar a Guimarães um jogo decisivo, não pode apresentar a sua defesa habitual. Estão castigados: Cadu, Hélder Rosário e Areias! Quem é que tem pontaria, quem é?
Casino de Lisboa, última efeméride, que abre hoje as suas portas e vai arruinar concerteza o Bingo do Belenenses, o nosso ganha-pão de há décadas!
A não ser que haja determinação e coragem para exigir o aumento dos prémios do Bingo reduzindo o imposto devido àquelas ‘entidades’ que facilitaram a abertura do Casino em Lisboa.
Talvez não seja difícil, porque tem lógica.
Saudações azuis.

terça-feira, abril 18, 2006

“De poder a poder”

Em linguagem tauromáquica significa enfrentar o cornúpeto sem margem para mas...ou meio mas! Ali está o lance que temos que consumar com ganas de vencer, sem pensar em mais nada. Domingo que vem, em Paços de Ferreira, “ às quatro em ponto da tarde”, parafraseando Lorca!
Os resultados dos outros não interessam, mas o resultado, precedido de escândalo, obtido em Braga pelo nosso próximo adversário, é uma arma de dois gumes para ambos: provoca ansiedade no Paços, que tem a meta à vista; e obriga a redobrar esforços pela nossa parte face a um contendor moralizado, que luta afinal pelo mesmo objectivo – salvar-se.
Não quero declarações de empate, resultado dificílimo de alcançar por este Belenenses, que ou ganha ou perde, e tem perdido mais vezes do que ganha. O que quer dizer muito simplesmente isto, que venho repetindo: não temos sistema defensivo para aguentar jogos nulos, ou semelhantes. De repente, sofremos golos incríveis!
Mais vale por isso apostar no nosso ponto forte – o ataque. Eles terão que se precaver e refrear.
Fora disto é sofrer a bom sofrer. Não contem com o jogo contra a Académica no Restelo.
O jogo decisivo é em Paços de Ferreira.
Saudações azuis.

sábado, abril 15, 2006

Belenenses (3) – Vitória de Setúbal (1)

Sexta-Feira Santa, um mau dia para jogar, principalmente quem ostenta a Cruz de Cristo como símbolo!
Uma atmosfera estranha, entrada livre para a Superior Norte, que se encheu de lisboetas e setubalenses, e uma vitória crucial.
Como bem dizia um companheiro de jornada, este era o jogo mais favorável entre os que faltam disputar. O Vitória de Setúbal já garantiu, via Taça de Portugal, o acesso à Europa, não tem quaisquer problemas classificativos, os jogadores resguardam-se inconscientemente para esse jogo final, o que tudo somado, poderia facilitar, e facilitou, o desejado objectivo – ganhar.
E ganhámos bem, diga-se. Nervosa de início, a equipa recompôs-se com a abertura do marcador através de uma grande penalidade que raramente costuma ser assinalada, pelo menos a nosso favor! Mas terá sido mão na bola, e Meyong apontou com frieza o primeiro golo, sossegando o cansado coração dos adeptos.
Consentimos de seguida a reacção setubalense, que ainda ameaçou por Carlitos, mas a boa exibição de Sandro Gaúcho, que cortava tudo o que lhe aparecia pela frente, estabilizou o jogo. Foi então a vez de nos acercarmos com perigo da baliza de Rubinho, que em duas ou três ocasiões teve que se aplicar a fundo para não sofrer novo golo. Que viria a acontecer, num lance bem aproveitado por Ruben Amorim e pela eficácia de Meyong. Dois a zero, já bem perto do intervalo. Um bálsamo para a alma azul!
Mas não há bela sem senão, e no início da segunda parte, num corte defeituoso, o mesmo Sandro Gaúcho coloca a bola ao alcance de um rápido e venenoso contra-ataque sadino, com Bruno Ribeiro a reduzir o marcador. Houve mais mérito setubalense na obtenção do golo do que demérito da nossa defesa, nomeadamente no mortífero passe que isola Bruno Ribeiro.
Mas, este era um dia para marcar os penaltys que nos foram sonegados no jogo contra o Benfica. Numa jogada de insistência Silas recupera uma bola dentro da área e é rasteirado de seguida. Aqui não subsistem quaisquer dúvidas, foi grande penalidade. Meyong converteu-a irrepreensivelmente e fez o seu hat-trick!
A partir daqui, desperdiçámos inúmeras ocasiões para dilatar o marcador, embora a preocupação principal de todos nós era que o jogo chegasse rápidamente ao fim.
Um alívio!
Termino com o que disse no princípio: em Paços de Ferreira a ‘música’ vai ser outra. Um osso duro de roer, mas que teremos de roer, para acabar de vez com este incrível sufoco.
E ainda a propósito de música, para referir que prefiro a banda dos Bombeiros de Queluz, à barulheira do speaker e respectivo ruído de fundo. Decerto cheio de boas intenções...os meus tímpanos é que não aguentam.
Saudações azuis.

terça-feira, abril 11, 2006

Culinária

“As mil maneiras de fazer bacalhau” é mais ou menos o que venho cozinhando aqui, neste espaço, desde o início. Mas há sempre lugar para uma receita esquecida, mais apimentada, que mereça a experiência do tacho. Ora tomem nota s.f.f.:
Juiz em causa própria, infelizmente, ainda assim arrisco-me a dizer que o sonho dos venerandos idiotas que mandam na bola cá do burgo, está prestes a cumprir-se: os poucos emblemas, dos que restam, que ainda têm alguns adeptos próprios, estão quase a afundar-se na Liga de Honra, para que no futuro o campeonato se reduza aos clubes satélites!
- Belenenses, Académica, Vitória de Guimarães... aí estão desesperados, com custos fixos muito superiores aos outros, com outras obrigações, que lhes advêm da independência do seu estatuto, aí estão, dizia eu, a ter que se confrontar com clubes que sobrevivem com jogadores emprestados pelos grandes, que não sofrem a pressão dos adeptos, porque os seus “adeptos” sonham com o Benfica, Sporting ou Porto. Esta é uma realidade que deveria ter sido acautelada pelos ‘doutos reformadores’ quando resolveram diminuir a primeira Liga, através da descida de quatro equipas.
Mas não há nada a fazer, e assim se cumpre a redutora globalização que o Madaíl (ao serviço dos grandes), o Vicente Moura (ao serviço do Sporting), e mais uns quantos (ao serviço não sei de quem), confeccionaram para... nem eles sabem ao certo!!!
Um número cabalístico: dezasseis clubes (deviam ser muito menos, ainda insistem alguns super-idiotas) é a conta, “como era antigamente”.
Esqueceram-se que a população aumentou e se concentrou no litoral, à volta de Lisboa e Porto. Esqueceram-se que abaixo do Sado não existe futebol de primeira, nem esperanças disso. Esqueceram-se que todo o interior é um deserto. Esqueceram-se das Autonomias Regionais que vão conseguindo manter os seus clubes na primeira Liga. Esqueceram-se, finalmente, que os clubes que sobem, e salvo raríssimas e honrosas excepções, também não têm adeptos! São o segundo ou terceiro clube de alguém.
Esqueceram-se de tudo isso, acolitados por uma comunicação social infantil, com tiques do terceiro mundo, saudosa dos bons velhos tempos em que se podia ir descansado para a bola, porque os grandes ganhavam sempre! Grande competição, sim senhor! Isso é que eram jogatanas! A gente de botas e os outros a jogarem descalços...grandes cabazadas. Hão-de voltar se Deus quiser...
Afastei-me, mas o cenário configura a falência do campeonato.
Mas isso que interessa desde que os chamados grandes tenham êxito lá fora. O País fica-lhes agradecido enquanto vamos disputando cá dentro uma competição de cartas marcadas, subsidiada pelo orçamento de Estado.
O que se devia ter feito? Se estivessem de boa fé?
Admitindo que “dezasseis” é o tal número de sorte, assumiam a nossa realidade, fazendo subir apenas um clube da Liga de Honra.
E a partir daí, desceriam unicamente dois clubes, subindo outros dois.
Simples e barato.
Com uma vantagem que eles nunca vão conseguir enxergar: consolidar um conjunto de clubes médios.
Mais do que isto, só com o regionalismo, vidé Madeira e Açores.
Saudações azuis.

sábado, abril 08, 2006

“Descalabro a céu e estrelas...”

Só a poesia pode começar esta crónica imaginária do que não vi e apenas pressenti. Deus é meu amigo e lá me vai poupando a tristezas inúteis!
O facto é que por afazeres que se prendem com a minha singular actividade, apenas fui tomando conhecimento do que se passava na Choupana, pelas mensagens que o meu Companheiro de regatas me enviava, de tempos a tempos, e de acordo com a marcha do marcador. A comunicação interrompeu-se a seguir ao terceiro golo do Nacional da Madeira!!!
O que dizer? Que comentário fazer? Talvez repetir o que fui desabafando no ‘haloscan’ da blogosfera azul.
No fundo, quem é que esperava outro resultado? Talvez menos exagerado, é certo, mas a derrota era previsível, não apenas pela nossa proverbial vocação para ajudar os outros, como pela inquestionável recuperação de forma que o Nacional já dera mostras em Braga.
Por outro lado, gostamos de fechar a porta à realidade, e imaginamos que temos uma boa defesa, ou se quiserem um bom sistema defensivo! Pura ilusão, que se desfaz olhando para o ‘goal-average’: em termos de golos sofridos, estamos no lugar que nos cabe, e só uma boa prestação ofensiva nos tem poupado a piores desilusões. Mas todos sabemos que as equipas se constroem de trás para a frente, dos alicerces para o topo, e sendo assim, ainda por cima num ano em que descem quatro equipas, é muito perigoso sofrer tantos golos.
Claro que existem outras explicações para o insucesso da Choupana, apenas o mais recente, como por exemplo, a precária saúde física dos nossos atletas, sempre lesionados, e quando não estão lesionados, estão castigados! Isto num plantel que se quis curto, mas de qualidade!
Outra ilusão.
E de ilusão em ilusão se constrói o dia a dia do Belenenses!
Já estou como o outro: talvez os outros nos salvem...
Saudações azuis.

segunda-feira, abril 03, 2006

Três penaltys três

Já não bastava termos que jogar contra um clube que deve milhões ao fisco, à previdência, a toda a gente...e assim pode pagar a jogadores caros, o que não acontece a quem é obrigado a ter as continhas em dia, senão...cai o Carmo e a Trindade!
Já não bastava termos que defrontar a comunicação social unida, sempre, sempre ao lado dos grandes. A esconder os lances complicados a fazer-se de distraída, a trocar imagens, a...mudar de assunto...etc.etc.!
Já não bastavam os seis milhões do nacional-benfiquismo, mais o poder político lisboeta embevecido!
Já não bastava sermos ingénuos, bem intencionados e aselhas!
Ainda temos que aguentar com os chamados árbitros e bandeirinhas, ao serviço dos ‘pequerruchos’, não vão eles ficarem fora dos lugares do dinheiro...e se eles precisam de dinheiro, coitadinhos!
Na linguagem dos comentadores, o árbitro usou do ‘critério largo’ que lhe é habitual, a deixar jogar, em benefício do espectáculo!
Critério largo para Petit, Luisão e companhia, é convite à sarrafada, à cotovelada, às placagens...que não há azar. O árbitro só marca falta se houver armas brancas envolvidas. Os very lights não contam.
Assim, na primeira parte, uma jogada de rugby: Luisão placa pela cintura Sandro Gaúcho, enquanto Andersson se encarrega de derrubar Meyong! Simples e eficaz.
Na segunda parte, Manduca ajeita calmamente a bola com o braço, dentro da área, e segue o seu caminho em direcção ao meio campo do Belenenses. Tudo normal.
Finalmente, a terceira grande penalidade que ficou por marcar a favor do Belenenses: Zé Pedro apresta-se para receber a bola a poucos metros da baliza do Benfica, mas não é possível. Petit, por trás, derruba-o pelo calcanhar, enquanto Ricardo Rocha, também por trás, apoia convenientemente a acção faltosa do seu companheiro de sarrafadas! Bandeirinha, árbitro, não viram nada!
Domingo à noite, na TVI, até trocaram imagens para ver se baralhavam o pessoal, mas não deu...era mesmo verdade. Três grandes penalidades por assinalar, fora as sarrafadas e correspondentes cartões que ficaram por exibir.
Assim vai o mundo, neste nosso pequeno mundo.
A receita agora é: silêncio e Barcelona. O resto não interessa, já estava programado.
Saudações azuis.

domingo, abril 02, 2006

Todos menos este

Não procurem aqui, nesta crónica, qualquer racionalidade, a fria análise dos factos, mais penalty, menos penalty, seja o que for. Aqui leiam apenas o sentimento de um sócio que já deu o que tinha a dar para este velório.
Hoje tínhamos que ganhar...ao menos empatar. Cada palmo de terreno era para ser disputado como se fosse o último reduto, com lealdade, naturalmente, mas sempre em movimento. Que não houve!
Houve sim contenção, muita gente a meio campo, a atrapalhar-se com a bola, ‘toquezinhos’ de habilidade, ridículos, perdas de bola comprometedoras, desconcentrações ou paragens de cérebro inexplicáveis... e mesmo assim jogámos razoavelmente!
Mas não é nada disto que queremos.
Nunca vi, nos outros campos onde o Benfica se desloca, ensaios de baile, ‘jogos da rabia’ ou ‘meínhos’, como se diz na gíria, iguais aos que presenciei ontem no Restelo! Eu, em estado de fúria e espanto, e os jogadores do Belenenses...na expectativa!!!
Pronto, estava ali o futuro campeão europeu, a jogar com alguns brasileiros que podiam estar a jogar do nosso lado! Já sei que Petit e companhia podem dar ‘porrada’ que não lhes acontece nada!
Que a ingenuidade, falta de ambição e estupidez, vai ao ponto de achar que um livre a nosso favor é preferível ao sucesso de um contra-ataque!!!
E sempre o medo de falhar, de arriscar.
E tanta ingenuidade...santa paciência!
Para cúmulo, um speaker exasperante, a proclamar vitórias nas outras modalidades, que não no futebol! Pobres atletas, que não sabem o que senti nessa hora.
Faltam-nos seis ou sete pontos, é preciso comer a relva, e ficar na primeira Liga.
O Benfica acabou por ganhar bem, e provou mais uma vez aquilo que venho escrevendo neste espaço: “em Portugal o crime compensa”. Por outro lado, os que andam sempre a apregoar, e talvez a praticar, contas certas ou balancetes credíveis... vão a caminho da Liga de Honra!
Estou farto disto.

Post-scriptum: Para quem ainda não tenha percebido: perdemos dois a um com o Benfica, no Restelo.