“As mil maneiras de fazer bacalhau” é mais ou menos o que venho cozinhando aqui, neste espaço, desde o início. Mas há sempre lugar para uma receita esquecida, mais apimentada, que mereça a experiência do tacho. Ora tomem nota s.f.f.:
Juiz em causa própria, infelizmente, ainda assim arrisco-me a dizer que o sonho dos venerandos idiotas que mandam na bola cá do burgo, está prestes a cumprir-se: os poucos emblemas, dos que restam, que ainda têm alguns adeptos próprios, estão quase a afundar-se na Liga de Honra, para que no futuro o campeonato se reduza aos clubes satélites!
- Belenenses, Académica, Vitória de Guimarães... aí estão desesperados, com custos fixos muito superiores aos outros, com outras obrigações, que lhes advêm da independência do seu estatuto, aí estão, dizia eu, a ter que se confrontar com clubes que sobrevivem com jogadores emprestados pelos grandes, que não sofrem a pressão dos adeptos, porque os seus “adeptos” sonham com o Benfica, Sporting ou Porto. Esta é uma realidade que deveria ter sido acautelada pelos ‘doutos reformadores’ quando resolveram diminuir a primeira Liga, através da descida de quatro equipas.
Mas não há nada a fazer, e assim se cumpre a redutora globalização que o Madaíl (ao serviço dos grandes), o Vicente Moura (ao serviço do Sporting), e mais uns quantos (ao serviço não sei de quem), confeccionaram para... nem eles sabem ao certo!!!
Um número cabalístico: dezasseis clubes (deviam ser muito menos, ainda insistem alguns super-idiotas) é a conta, “como era antigamente”.
Esqueceram-se que a população aumentou e se concentrou no litoral, à volta de Lisboa e Porto. Esqueceram-se que abaixo do Sado não existe futebol de primeira, nem esperanças disso. Esqueceram-se que todo o interior é um deserto. Esqueceram-se das Autonomias Regionais que vão conseguindo manter os seus clubes na primeira Liga. Esqueceram-se, finalmente, que os clubes que sobem, e salvo raríssimas e honrosas excepções, também não têm adeptos! São o segundo ou terceiro clube de alguém.
Esqueceram-se de tudo isso, acolitados por uma comunicação social infantil, com tiques do terceiro mundo, saudosa dos bons velhos tempos em que se podia ir descansado para a bola, porque os grandes ganhavam sempre! Grande competição, sim senhor! Isso é que eram jogatanas! A gente de botas e os outros a jogarem descalços...grandes cabazadas. Hão-de voltar se Deus quiser...
Afastei-me, mas o cenário configura a falência do campeonato.
Mas isso que interessa desde que os chamados grandes tenham êxito lá fora. O País fica-lhes agradecido enquanto vamos disputando cá dentro uma competição de cartas marcadas, subsidiada pelo orçamento de Estado.
O que se devia ter feito? Se estivessem de boa fé?
Admitindo que “dezasseis” é o tal número de sorte, assumiam a nossa realidade, fazendo subir apenas um clube da Liga de Honra.
E a partir daí, desceriam unicamente dois clubes, subindo outros dois.
Simples e barato.
Com uma vantagem que eles nunca vão conseguir enxergar: consolidar um conjunto de clubes médios.
Mais do que isto, só com o regionalismo, vidé Madeira e Açores.
Saudações azuis.
Juiz em causa própria, infelizmente, ainda assim arrisco-me a dizer que o sonho dos venerandos idiotas que mandam na bola cá do burgo, está prestes a cumprir-se: os poucos emblemas, dos que restam, que ainda têm alguns adeptos próprios, estão quase a afundar-se na Liga de Honra, para que no futuro o campeonato se reduza aos clubes satélites!
- Belenenses, Académica, Vitória de Guimarães... aí estão desesperados, com custos fixos muito superiores aos outros, com outras obrigações, que lhes advêm da independência do seu estatuto, aí estão, dizia eu, a ter que se confrontar com clubes que sobrevivem com jogadores emprestados pelos grandes, que não sofrem a pressão dos adeptos, porque os seus “adeptos” sonham com o Benfica, Sporting ou Porto. Esta é uma realidade que deveria ter sido acautelada pelos ‘doutos reformadores’ quando resolveram diminuir a primeira Liga, através da descida de quatro equipas.
Mas não há nada a fazer, e assim se cumpre a redutora globalização que o Madaíl (ao serviço dos grandes), o Vicente Moura (ao serviço do Sporting), e mais uns quantos (ao serviço não sei de quem), confeccionaram para... nem eles sabem ao certo!!!
Um número cabalístico: dezasseis clubes (deviam ser muito menos, ainda insistem alguns super-idiotas) é a conta, “como era antigamente”.
Esqueceram-se que a população aumentou e se concentrou no litoral, à volta de Lisboa e Porto. Esqueceram-se que abaixo do Sado não existe futebol de primeira, nem esperanças disso. Esqueceram-se que todo o interior é um deserto. Esqueceram-se das Autonomias Regionais que vão conseguindo manter os seus clubes na primeira Liga. Esqueceram-se, finalmente, que os clubes que sobem, e salvo raríssimas e honrosas excepções, também não têm adeptos! São o segundo ou terceiro clube de alguém.
Esqueceram-se de tudo isso, acolitados por uma comunicação social infantil, com tiques do terceiro mundo, saudosa dos bons velhos tempos em que se podia ir descansado para a bola, porque os grandes ganhavam sempre! Grande competição, sim senhor! Isso é que eram jogatanas! A gente de botas e os outros a jogarem descalços...grandes cabazadas. Hão-de voltar se Deus quiser...
Afastei-me, mas o cenário configura a falência do campeonato.
Mas isso que interessa desde que os chamados grandes tenham êxito lá fora. O País fica-lhes agradecido enquanto vamos disputando cá dentro uma competição de cartas marcadas, subsidiada pelo orçamento de Estado.
O que se devia ter feito? Se estivessem de boa fé?
Admitindo que “dezasseis” é o tal número de sorte, assumiam a nossa realidade, fazendo subir apenas um clube da Liga de Honra.
E a partir daí, desceriam unicamente dois clubes, subindo outros dois.
Simples e barato.
Com uma vantagem que eles nunca vão conseguir enxergar: consolidar um conjunto de clubes médios.
Mais do que isto, só com o regionalismo, vidé Madeira e Açores.
Saudações azuis.
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