quarta-feira, novembro 15, 2006

Em contra pé

Talvez não seja o momento mais oportuno para lançar este debate, justamente quando a selecção das quinas se apresta para mais um desafio com vista ao seu apuramento para o mundial de futebol.
Talvez.
Mas isto está cada vez mais desinteressante, as longas interrupções estão a matar o nosso campeonato, afastam o público, e tudo por causa dos enfadonhos e desnecessários grupos de qualificação, que inevitavelmente confirmam as equipas mais apetrechadas, aquelas que alimentam o interesse e as finanças dos organizadores, e que não podem deixar de estar presentes nas respectivas fases finais.
Acresce que nesta santa terrinha, as coisas são sempre levadas ao exagero, incluem-se na propaganda do regime, e por isso, ao contrário dos nossos vizinhos espanhóis e de outros países, optámos por parar os campeonatos! Quinze dias sem bola ao fim de semana, é muito tempo para preparar um jogo com o Cazaquistão! E os clubes a pagar aos jogadores, com as despesas fixas cada vez mais fixas, etc.etc....
A solução no futuro passa por aligeirar o sistema, acompanhando os tempos, eliminando preliminares. Seria preferível aproveitar os ranking dos últimos europeus e mundiais, para, a partir daí, estabelecer um número razoável de participações automáticas, que no fim de contas acabam sempre por acontecer. Os lugares em aberto seriam preenchidos com o recurso a eliminatórias, tanto quanto possível, próximas da data da realização do evento, garantindo assim que as equipas presentes estariam em boa forma.
Evitavam-se assim uma série de convocatórias, deslocações, lesões e outros inconvenientes, que só prejudicam e comprometem o êxito das fases decisivas, as únicas que verdadeiramente interessam ao público.
Acabavam também algumas fantasias e mentiras, como sejam o facto de estarmos a defrontar um Azerbaijão, por exemplo, que inclui na sua equipa três ou quatro brasileiros! Que tipo de interesse têm estas falsas selecções. E não é só o Azerbeijão, como bem sabemos.
Por isso, está dito: campeonatos da Europa e do Mundo a sério, a doer, naquelas três ou quatro semanas em que jogam os melhores contra os melhores.
O resto, são excessos de protagonismo da UEFA e da FIFA.
E não só.
JSM

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