Hoje a primeira Liga de Futebol Profissional chegou à seguinte situação:
Existem três clubes, Benfica, Sporting e Porto que reúnem a esmagadora maioria dos adeptos, a esmagadora maioria dos apoios, e um tempo de antena por parte dos media também esmagador!
Estes clubes vivem exclusivamente para as competições europeias porque o campeonato interno, nas actuais condições, só lhes dá prejuízos. E pelas mesmas razões são obrigados a investir num quadro técnico e em jogadores de alta craveira, claramente acima das suas possibilidades financeiras, mas única forma de conseguirem resultados na Europa.
Seguindo esta lógica, a ‘formação’ fica tapada pelos jogadores contratados e vai rodar para uma ou mais equipas satélites na mesma primeira Liga. Aqui faço parênteses para relembrar que a formação destes três clubes, mais o caso especial do Boavista, açambarca a maior parte dos jovens talentos do mercado.
Depois surge o Boavista que, quer gostemos ou não, conseguiu aproximar-se em termos de influência, organização, formação e resultados, dos três clubes já citados, a que acresce o benefício de ser o segundo clube da cidade do Porto, sem concorrência depois do desaparecimento do Salgueiros.
Por fim convém olhar para o fenómeno madeirense: trata-se de uma região que se desenvolveu com a autonomia e que apresenta índices semelhantes à região de Lisboa e Vale do Tejo, assegurando condições para manter na primeira Liga dois clubes, que têm vindo a crescer, e que lutam normalmente pelo acesso às competições europeias.
È uma situação nova, que não existia antes da autonomia.
Feito o retrato, que só peca por defeito, concluímos que os três primeiros lugares da Liga estão reservados para Porto, Benfica e Sporting e que os três ou quatro lugares seguintes serão normalmente ocupados pelo Boavista, pelos clubes da Madeira e eventualmente pelo Braga, um clube em ascensão graças aos bons negócios com a venda de jogadores, sem esquecer o forte apoio autárquico.
A partir daqui surgem uma amálgama de clubes que lutam para não descer e onde há que contar com a forte concorrência dos satélites, reforçados com os jovens talentos excedentários dos três clubes do estado.
A pergunta é esta: e tu, Belenenses, qual é o teu lugar no meio disto tudo?
Termino com uma frase que estou cansado de repetir – a vida não está nada fácil para os clubes, como o nosso, que queiram manter a sua independência...
Se nada se fizer o futuro é incerto e perigoso.
À atenção dos belenenses.
Existem três clubes, Benfica, Sporting e Porto que reúnem a esmagadora maioria dos adeptos, a esmagadora maioria dos apoios, e um tempo de antena por parte dos media também esmagador!
Estes clubes vivem exclusivamente para as competições europeias porque o campeonato interno, nas actuais condições, só lhes dá prejuízos. E pelas mesmas razões são obrigados a investir num quadro técnico e em jogadores de alta craveira, claramente acima das suas possibilidades financeiras, mas única forma de conseguirem resultados na Europa.
Seguindo esta lógica, a ‘formação’ fica tapada pelos jogadores contratados e vai rodar para uma ou mais equipas satélites na mesma primeira Liga. Aqui faço parênteses para relembrar que a formação destes três clubes, mais o caso especial do Boavista, açambarca a maior parte dos jovens talentos do mercado.
Depois surge o Boavista que, quer gostemos ou não, conseguiu aproximar-se em termos de influência, organização, formação e resultados, dos três clubes já citados, a que acresce o benefício de ser o segundo clube da cidade do Porto, sem concorrência depois do desaparecimento do Salgueiros.
Por fim convém olhar para o fenómeno madeirense: trata-se de uma região que se desenvolveu com a autonomia e que apresenta índices semelhantes à região de Lisboa e Vale do Tejo, assegurando condições para manter na primeira Liga dois clubes, que têm vindo a crescer, e que lutam normalmente pelo acesso às competições europeias.
È uma situação nova, que não existia antes da autonomia.
Feito o retrato, que só peca por defeito, concluímos que os três primeiros lugares da Liga estão reservados para Porto, Benfica e Sporting e que os três ou quatro lugares seguintes serão normalmente ocupados pelo Boavista, pelos clubes da Madeira e eventualmente pelo Braga, um clube em ascensão graças aos bons negócios com a venda de jogadores, sem esquecer o forte apoio autárquico.
A partir daqui surgem uma amálgama de clubes que lutam para não descer e onde há que contar com a forte concorrência dos satélites, reforçados com os jovens talentos excedentários dos três clubes do estado.
A pergunta é esta: e tu, Belenenses, qual é o teu lugar no meio disto tudo?
Termino com uma frase que estou cansado de repetir – a vida não está nada fácil para os clubes, como o nosso, que queiram manter a sua independência...
Se nada se fizer o futuro é incerto e perigoso.
À atenção dos belenenses.
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