A gente sonha com o bife, com as batatas, com o ovo a cavalo, mas a realidade está sempre a acordar-nos, e se quiseres bife, não é no Restelo. Pelo menos por enquanto.
Então vamos lá a ver o que é que Jesus inventou: sem alas, o jogo dependia da circulação de bola que saísse dos pés de Silas e Zé Pedro, muito encostados à lateral esquerda, e da resposta ofensiva dos dois trincos com que alinhámos à partida – Sandro e Pinheiro. Teriam que avançar no terreno, aproximar-se da área e rematar ou passar em condições, o que não era fácil face à muralha leiriense. Sandro ainda ameaçou dois remates, Pinheiro rematou uma vez de muito longe, e na primeira parte, ficámos por aqui quanto ao desdobramento ofensivo dos trincos!
Pelas alas, sem alas de raiz, é difícil furar e assim sucedeu – Sousa fez dois movimentos interessantes mas não conseguiu centrar em condições. Do lado esquerdo ganhámos alguns cantos que se continuarem a ser marcados pelo pé esquerdo de Zé Pedro continuarão a ser inofensivos. Quando não está o Amorim não há ninguém para marcar os cantos daquele lado? É que a bola, para fugir da linha de fundo, vem muito para dentro e não dá hipóteses de cabeceamento com êxito. Vou repetir isto até me convidarem para conselheiro técnico do clube.
Entretanto o que é que se passava com os dois pontas de lança! Tinham pouco apoio – Roma ligeiramente mais expedito que o costume conseguiu flectir e entrar na área mas estatelou-se na hora de rematar e perdeu-se uma boa ocasião para abrir o activo antes da União de Leiria.
União de Leiria que começava a tomar conta do jogo graças ao bom desempenho de duas promessas portistas – Ivanildo, que viria a marcar o golo decisivo e Paulo Machado, um armador a ter em atenção!
Não foi portanto contra a corrente do jogo que sofremos o golo, há uns bons minutos que a ala esquerda da União estava a atarantar Sousa e companhia! Curiosamente o centro que apanhou Sousa desposicionado, veio do outro lado, mas era do corredor esquerdo que surgiam as ameaças.
E veio o intervalo e com ele duas coisas, uma boa e outra má: a boa foi a alteração azul, saindo Sousa e recuando Pinheiro para o seu lugar para dar entrada, finalmente, a um extremo, Eliseu. Com esta alteração os sectores juntaram-se, o Belenenses avançou no terreno, Dady, o melhor do Belenenses, passou a ter mais apoio e começaram a surgir jogadas de perigo. Na retina ficou um remate tremendo de Zé Pedro a que Fernando correspondeu com uma grande defesa!
A coisa má que aconteceu foi o dilúvio que transformou o jogo numa batalha naval, numa lotaria, em que não tivemos a sorte pelo nosso lado. Lutámos muito, mas era difícil naquelas condições. O empate seria um bom prémio para tanto esforço.
Os sócios compreenderam a atitude e aplaudiram a equipa no fim do jogo. Uma raridade nas derrotas!
Eu abandonei o estádio cabisbaixo e habituado. E não houve bife.
Saudações azuis.
Então vamos lá a ver o que é que Jesus inventou: sem alas, o jogo dependia da circulação de bola que saísse dos pés de Silas e Zé Pedro, muito encostados à lateral esquerda, e da resposta ofensiva dos dois trincos com que alinhámos à partida – Sandro e Pinheiro. Teriam que avançar no terreno, aproximar-se da área e rematar ou passar em condições, o que não era fácil face à muralha leiriense. Sandro ainda ameaçou dois remates, Pinheiro rematou uma vez de muito longe, e na primeira parte, ficámos por aqui quanto ao desdobramento ofensivo dos trincos!
Pelas alas, sem alas de raiz, é difícil furar e assim sucedeu – Sousa fez dois movimentos interessantes mas não conseguiu centrar em condições. Do lado esquerdo ganhámos alguns cantos que se continuarem a ser marcados pelo pé esquerdo de Zé Pedro continuarão a ser inofensivos. Quando não está o Amorim não há ninguém para marcar os cantos daquele lado? É que a bola, para fugir da linha de fundo, vem muito para dentro e não dá hipóteses de cabeceamento com êxito. Vou repetir isto até me convidarem para conselheiro técnico do clube.
Entretanto o que é que se passava com os dois pontas de lança! Tinham pouco apoio – Roma ligeiramente mais expedito que o costume conseguiu flectir e entrar na área mas estatelou-se na hora de rematar e perdeu-se uma boa ocasião para abrir o activo antes da União de Leiria.
União de Leiria que começava a tomar conta do jogo graças ao bom desempenho de duas promessas portistas – Ivanildo, que viria a marcar o golo decisivo e Paulo Machado, um armador a ter em atenção!
Não foi portanto contra a corrente do jogo que sofremos o golo, há uns bons minutos que a ala esquerda da União estava a atarantar Sousa e companhia! Curiosamente o centro que apanhou Sousa desposicionado, veio do outro lado, mas era do corredor esquerdo que surgiam as ameaças.
E veio o intervalo e com ele duas coisas, uma boa e outra má: a boa foi a alteração azul, saindo Sousa e recuando Pinheiro para o seu lugar para dar entrada, finalmente, a um extremo, Eliseu. Com esta alteração os sectores juntaram-se, o Belenenses avançou no terreno, Dady, o melhor do Belenenses, passou a ter mais apoio e começaram a surgir jogadas de perigo. Na retina ficou um remate tremendo de Zé Pedro a que Fernando correspondeu com uma grande defesa!
A coisa má que aconteceu foi o dilúvio que transformou o jogo numa batalha naval, numa lotaria, em que não tivemos a sorte pelo nosso lado. Lutámos muito, mas era difícil naquelas condições. O empate seria um bom prémio para tanto esforço.
Os sócios compreenderam a atitude e aplaudiram a equipa no fim do jogo. Uma raridade nas derrotas!
Eu abandonei o estádio cabisbaixo e habituado. E não houve bife.
Saudações azuis.
Sem comentários:
Enviar um comentário