Face
à escassa informação disponível posso ainda assim imaginar qual
seria a equipa que o Belenenses necessita para almejar os desejados
cinquenta pontos. Assim, partindo do 3-5-2 desenvolvido por Silas, e
sem conhecer ainda a real valia dos quatro emprestados pelo Lille, as
necessidades são as seguintes:
Um
guarda -redes acima de qualquer suspeita para substituir Muriel e que
discuta o lugar com Mika. Um central experiente para o lugar de Sasso
embora Luís Silva, com a vantagem de ser esquerdino, deva ser uma
aposta a ter em conta. Mas não chega e por isso terá chegado Kau,
um jovem central brasileiro, uma vez que Cleylton também saiu. Mas
fica à justa.
Para
o quinteto intermédio e no que respeita aos alas defensivos existe
alguma indefinição para o lugar deixado vago por Diogo Viana. E já
agora por Sagná. E à partida não vejo nenhum titular indiscutível.
No lado esquerdo também só vejo Zacarya sem alternativa à altura.
Em
relação ao trio de meio campo temos o André Santos, Lucca, André
Sousa, Lulic e Benny. Faltam pelo menos mais dois elementos sendo que
um deles deveria ter as características de trinco.
E
passamos à dupla atacante que em princípio será Licá e Kikas, não
sabendo o que se passa com Keita nem com Henrique. Este último um
jogador que gostaria que continuasse. E temos também o Dieguinho,
cujas capacidades desconheço. Mas este é um sector que ainda pode
trazer novidades. Digo eu.
Enfim,
uma breve análise, naturalmente discutível, baseada na informação
(sempre obtusa) retirada dos jornais, e repito, sem ter em conta o
valor dos quatro elementos cedidos pelo Lille, ou algum dos sub 23
que entretanto mereça ser lançado.
Saudações
azuis
Notas:
- Parece que o negócio do Eduardo terá corrido mal ao Belenenses o que era previsível face ao risco envolvido. E por aqui entendo a tese de Rui Pedro Soares quando reivindica uma 'taxa automática pela valorização do empréstimo' que assim traria alguma justiça ao mercado de transferências. Taxa que não existe e nem sei se alguma vez existirá. Só se for a FIFA a regular o assunto. Em Portugal, contra os grandes, nada.
- Bruno de Carvalho sofre mais uma derrota e mais uma vez quem mais exultou foram os benfiquistas! Vouchers, guerra aos fundos de jogadores, recontagem dos campeonatos valorizando os campeões do passado, ficam no entanto como marcas indeléveis da sua passagem pelo futebol. Cometeu muitos erros mas pôs o nacional benfiquismo em sentido.
- E já que se fala de alguém com coragem para enfrentar o poder instalado, eu pergunto: - até quando vão Sporting e Porto aceitar que um seu concorrente directo na luta pelo título continue a dispor da vantagem de controlar a transmissão televisiva dos jogos disputados em sua casa?! Já nem falo das outras equipas, dependentes e sem força para travar tal guerra. Muito menos falo da Liga, Federação e Governo, pelos vistos coniventes com tamanha enormidade. Única na Europa!
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