Desprezo
em primeiro lugar este Sporting e aqueles sportinguistas que tiveram
a 'coragem' de expulsar Bruno de Carvalho no próprio pavilhão que o
ex-presidente conseguiu tornar realidade! Pavilhão onde celebraram
vitórias como há muito não celebravam. Desprezo igualmente a
actual direcção do Sporting que nem foi capaz de se constituir
parte interessada nos processos onde o Sporting pode ter sido
claramente prejudicado pelo Benfica a confirmarem-se as suspeitas de
corrupção desportiva que neles constam. Mas desprezo sobretudo a
indiferença com que os ditos sportinguistas aceitam que cerca de
quarenta elementos de uma das suas claques (legalizadas, diga-se)
estejam há mais de um ano a apodrecer em prisão preventiva como se
estivéssemos a falar de terroristas, tese miserável que tem feito o
seu caminho patrocinada pelo nacional benfiquismo vigente. Tese que
ofende as vítimas do verdadeiro terrorismo!
O
desprezo é o último sentimento que podemos ter antes da necessária
revolta que terá de acontecer mais tarde ou mais cedo. Pois não é
possível continuarmos a dar cobertura a uma justiça comandada de
fora para dentro e a uma política comandada pela televisão.
Não
preciso de referir, só tenho um clube, o Belenenses, não conheço
Bruno de Carvalho de lado nenhum, posso até reconhecer que tem
imensos defeitos e terá cometido muitos erros, mas já estou como o
seu advogado – um homem que vale tantos quilómetros de prosa em
todas as televisões, mesmo quando está a dormir, mesmo quando já
não é presidente de nada, é por alguma razão que nos escapa! O
que sabemos é que foi ele o primeiro a denunciar o caso dos
vouchers, ponto de partida para o caso dos emails etc. etc. O que
sabemos também, porque ouvimos, é que a tese do terrorismo
associada à invasão de Alcochete é fervorosamente defendida por
comentadores televisivos ligados ao Benfica. Os mesmos que tratam
cenas de violência bem mais graves (vidé apedrejamento
indiscriminado de comboios e polícias) como excessos de 'jovens' no
calor da juventude!
Enfim,
estamos conversados.
Saudações
azuis
Nota:
Sou um firme partidário da abolição das claques e do combate ao
hooliganismo no desporto em geral e no futebol em particular. Isto já
foi feito com sucesso em Inglaterra e só não se percebe porque não
é feito entre nós! Há aqui um factor que também não ajuda. Em
Inglaterra, como em toda a parte, prevalece o clube/modalidade e não
há esta coisa de sair do futebol e ir para o pavilhão 'apoiar' o
andebol ou o vólei, como se fosse futebol. É mais um factor de
violência e que pouco contribui para o progresso das modalidades.
Pelo menos das modalidades olímpicas.
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