Os jogos oficiais
aproximam-se e com eles a primeira jornada de um campeonato que
promete uma 'luta' cada vez maior... fora das quatro linhas. Em relação
aos três (eternos) candidatos ao título uma verdade já ninguém
pode desmentir – sem os bancos e as empresas do estado por trás,
estão a despachar todos os jogadores cujo salário se tornou
incomportável face às receitas ordinárias que o nosso campeonato
gera. Nessa perspectiva vai ser uma prova com jogadores mais jovens,
seguindo a moda do Félix, para valorizar e exportar. Vamos ver é se
o mercado internacional consegue absorver tanta necessidade. E tanta
propaganda!
Neste contexto o Benfica
parece estar em vantagem uma vez que em devido tempo conseguiu
arrebanhar os jovens de mais qualidade e foi feliz na aposta em Bruno
Lage um treinador que já demonstrou estar à vontade nessa área. O
Sporting parece também mais consistente que o ano passado enquanto o
Porto continua a apostar na terceira idade! Mas a luta, como disse,
vai ser feroz, porque a desequilibrar a balança temos as receitas
'extraordinárias' da Champions. E serão três cães esfaimados a um
osso. O VAR não terá mãos a medir e a Liga vai continuar
distraída, esquecendo-se de cativar uma verba da receita
extraordinária que é a Champions. Uma verba que compense os outros
participantes no campeonato. Explico: - se algum dos leitores ganhar
o euro milhões já sabe que 20% vão para o fisco. Não é assim?! É
só aplicar a mesma doutrina*. E ter coragem para isso. Penso que em
alguns campeonatos mais evoluídos já se pratica.
E chegamos ao Belenenses e
à sua concorrência. Aqui tenho de partir do princípio que não é
impunemente que se vão buscar cinco jogadores ao Lille! O futebol
francês, graças a importantes reformas que fez no passado**, é
actualmente muito competitivo em todos os capítulos, e onde também
não é estranha a componente africana. Seguindo este raciocínio, a
'armada francesa' terá de trazer um importante 'up grade' à equipa.
Com a particularidade de serem jogadores que não se inibem perante
adversários teóricamente mais credenciados. A ver vamos, até
porque houve outras contratações.
O último capítulo
refere-se à finalização. Aos golos que têm sido escassos. E
sabemos que é por aqui que num campeonato muito equilibrado
(refiro-me ao G15) se cavam as diferenças na tabela. Não basta ter
um futebol de posse de bola muito consistente se depois acabamos por
perder por um a zero. Claro que os goleadores são caros embora ás
vezes surjam do nada! Haja esperança. Vem aí a Taça da Liga e
tocou-nos o Santa Clara. Cuidado com o Schettini.
Saudações azuis
*Em Portugal as receitas da Champions práticamente só contemplam três clubes. Em mais de setenta anos houve apenas duas excepções. Num caso ainda não havia Champions e no outro as receitas não tinham nada a ver com o que se passa hoje em dia. Um argumento mais a favor da cativação. A não ser que os outros clubes sejam verbos de encher. Ou considerados como tal!
*Em Portugal as receitas da Champions práticamente só contemplam três clubes. Em mais de setenta anos houve apenas duas excepções. Num caso ainda não havia Champions e no outro as receitas não tinham nada a ver com o que se passa hoje em dia. Um argumento mais a favor da cativação. A não ser que os outros clubes sejam verbos de encher. Ou considerados como tal!
**Uma das reformas foi o
equilíbrio obrigatório dos plantéis em termos de jogadores
inscritos. A competitividade aumentou naturalmente. Note-se ainda que
em França o futebol não é como em Portugal a única modalidade com
muitos adeptos. Nem, por exemplo, os adeptos do râguebi (ou do
andebol) são os mesmos do futebol. Nem os clubes são os mesmos. O antiquado ecletismo já era. Vigora o clube/modalidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário