Quando
os papagaios (agora são advogados!) repetem que temos de ajuizar
a intrusão informática na conta de outrem como se da nossa se
tratasse, estão obviamente a tentar confundir a opinião pública!
Em primeiro lugar as contas que apetece violar, invadir, revelar,
correndo o risco da ilicitude, são poucas e têm a particularidade de
serem suspeitas. Suspeitas de falta de transparência e estou a ser
suave na adjectivação.
No caso concreto dos 'fundos de jogadores'
que a partir de certa altura invadiram o futebol qualquer mentecapto
percebe que a transparência diminuiu e que em sentido inverso
aumentaram os riscos sobre a integridade das competições. E tanto
assim é (ou foi) que a FIFA limitou a respectiva actividade.
Acresce
que a vontade de confirmar suspeitas (e suspeitos) de ilícitos
criminais aumenta muito quando se conjugam alguns factores, a saber:
- a inércia das autoridades na investigação de práticas suspeitas; a
dificuldade legal em fazer a prova; e o histórico da justiça em
termos de condenações! E se há país onde estes três itens
coincidem, esse país é Portugal. Ou seja, a impunidade é sempre um
convite à justiça por conta própria. Ninguém aprova e eu também
não aprovo. Mas no limite, quem não compreende?!
Compreendem-se
assim as objecções de Rui Pinto sobre a justiça portuguesa, como
se compreende que o seu advogado tenha dito, face à inexplicável medida de prisão preventiva aplicada ao seu cliente que, e estou a citar - 'o
Rui Pinto está a incomodar muita gente'.
Uma
coisa é certa este processo que levou à detenção e extradição
de Rui Pinto parece ter sofrido uma vertiginosa aceleração após
ter sido noticiado que o site de um escritório de advogados em
Lisboa havia sido pirateado! Mais uma suspeita infundada?! E as
suspeitas continuam.
Sem comentários:
Enviar um comentário