segunda-feira, agosto 20, 2018

Erros meus, má fortuna, VAR ardente...


Em minha perdição se conjuraram...

Vamos começar pelo fim, vamos começar pelo VAR! E uma vez que há tanta gente a dar palpites sobre a melhor utilização daquele instrumento, aqui vai a minha opinião: - o VAR tem dois grandes problemas e ambos distorcem a realidade.

O primeiro é a análise das jogadas em 'câmara lenta' que nos levam para uma perigosa decomposição das imagens onde sem querer passamos para o mundo virtual. O segundo é o tempo de análise das repetições que tem que ser obviamente limitado sob pena de amanhã o árbitro precisar de uma cadeira para se sentar em frente ao visor de campo! E mais um par de óculos!

Assim a sugestão que lanço é a seguinte: - o árbitro, quando alertado pelo VAR para um lance passível de outro julgamento, teria direito a rever o lance (no máximo três repetições) e em velocidade normal. Depois decidiria. De outra forma, estamos a matar o futebol.

O que se passou com a análise do segundo penalty, aquele que deu a vitória ao Porto, não pode voltar a acontecer. Xistra esteve mais de um minuto a rever o lance e isso não tem nada a ver com a verdade desportiva. Porque se é este o caminho então o melhor é fazermos uma análise à posteriori do jogo todo (até ao último frame) e estabelecer depois o resultado da partida. Não é isso que queremos, pois não ?!

Sobre o jogo real o Belenenses bateu-se muito bem contra o Porto e não fora o erro de Dálcio e a infeliz actuação de Licá (completamente ausente do jogo) e estou convencido que o resultado seria outro. Fomos uma equipa homogénea, que dividiu sempre o jogo, e teve tantas oportunidades como o actual campeão nacional.

Desta vez gostei do defesa esquerdo Zacarya, Lucca foi pendular, e Fredy embora tenha jogado bem falta-lhe às vezes algum discernimento nas decisões que toma. Como foi o caso do último lance do desafio em que quis rematar em vez de passar a bola. Keita é avançado de categoria.

Saudações azuis

Adenda: Depois de ouvir Duarte Gomes justificar a marcação dos dois penalties, 'diferentes mas formalmente iguais', não pude deixar de sorrir... Assim há justificação para tudo! Isto depois de no início da época os árbitros terem sido alertados para só marcarem grandes penalidades indiscutíveis. E para provar que o primeiro foi indiscutível e que o segundo não foi, basta comparar o tempo que Xistra levou a visionar o primeiro lance (poucos segundos) com o tempo que levou a visionar o segundo ( uma eternidade)! E vai uma aposta em que se o Porto estivesse a ganhar Xistra manteria o seu julgamento inicial?! 
É por estas e por outras que, por mais tecnologias que inventem, em Portugal ganham sempre os mesmos. Porque têm que ganhar.

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