O caminho está cheio de surpresas e armadilhas e todo o
cuidado é pouco. Vou começar pelo mais importante, a equipa de futebol. Logo à
noite os árbitros vão querer mostrar a coragem que não têm (nem tiveram) e a
primeira vítima pode ser o Belenenses. Nada de protestos, nada de entradas à
margem das leis, concentração total no jogo.
No anterior postal apontei para vários cenários mas já sabia
que esta novela dos árbitros ía acabar na paz dos cemitérios! Na lei da rolha. Para
gáudio daqueles que têm feito de tudo para calar as vozes incómodas. Para bom
entendedor…
Nesta novela o presidente da Federação tem tido uma actuação
no mínimo insólita! Em primeiro lugar resolveu dar uma entrevista em vez de dar
as suas ordens. Depois foi à assembleia da república falar do clima de
violência sem falar nas causas. Entretanto precipitou a entrada em vigor do
vídeo árbitro como se o aparelho funcionasse sozinho!
É aqui que estamos e as notícias, logo desmentidas, de
encontros de Fernando Gomes com os presidentes dos chamados três grandes também
não augura nada de bom. É mais uma vez a estratégia de tentar resolver em
surdina aquilo que tem que ser dito em altos gritos. A suspeição alimenta-se da
sombra, não do sol.
Uma última palavra sobre a posição que o G15 deveria tomar
nesta novela dos árbitros. Deveria concentrar-se no seu caderno reivindicativo (centralização dos direitos
televisivos à cabeça) evitando colar-se à vitimização dos árbitros, até porque
eles não são vítimas.
Saudações azuis
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