Os altos responsáveis pelo
futebol português, federação e afins, têm o peito curvado de medalhas! No pescoço
não cabem mais colares por serviços prestados à pátria. Então agora que
conseguiram um título europeu, igualzinho ao da Grécia, subiram ao Olimpo,
tornaram-se deuses! E não olham para as pequenas coisas do dia-a-dia, como por
exemplo para a farsa que é o futebol nacional! Estou a falar do futebol
profissional, obviamente. Estou a falar do fair play e do seu contrário que é a
batota! E a batota podia ser combatida se houvesse a coragem para mudar o que
está mal, para mudar o que é vergonhoso.
Por exemplo, como é possível que existam três
clubes que têm sempre dinheiro para comprar todos os jogadores promissores do
nosso futebol, a maior parte para serem depois emprestados, quando esses mesmos
clubes devem somas astronómicas aos bancos, bancos públicos ou semipúblicos,
dívidas que o mais certo é serem os contribuintes a pagar?! Sim, como é possível que a federação
portuguesa de futebol não intervenha em nome do fair play, já não digo
desportivo, porque isso parece não lhe interessar, mas ao menos financeiro! Seguindo
aliás as directivas da UEFA!
Havia uma maneira de acabar com
este regabofe ou pelo menos de reduzir os seus nefastos efeitos. Bastava
querer. Já o sugeri - bastava uma norma que limitasse o número de jogadores que
cada clube, em cada época, podia inscrever como sua propriedade. Era simples.
Mas depois era preciso fiscalizar as fraudes e os truques que inevitávelmente
surgiriam.
É claro que assim os outros clubes,
os chamados pequenos, estariam mais protegidos, e talvez fosse possível
aumentar a competitividade* do nosso futebol! Mas se calhar é isso que os altos
responsáveis não querem.
Saudações azuis
*Competitividade para lutar pelos
lugares cimeiros e não a actual onde quase todos lutam para não descer.
Sem comentários:
Enviar um comentário