A palavra de ordem, já se
percebeu, é apertar o cinto, muito embora jornais e jornalistas, verdadeiras
agências de negócios fabulosos, continuem a congeminar grandes transferências, mas
desta vez lá para fora! Mas lá fora a penúria é a mesma.
Aliás o discurso dos ‘três
grandes clubes falidos’ já mudou e é vê-los a tentar despachar ‘grandes craques’
mas que hoje estão a mais na ‘estrutura’ para não dizer outra coisa. Resumindo, andam todos em saldos. Por exemplo, quem é que imaginaria que Boly, meio
suplente do Braga, fosse afinal a grande aspiração do Porto para o centro da
defesa! E note-se que aprecio bastante aquele jogador.
O Sporting, por mais voltas que
dê ao orçamento, não tem dinheiro para manter um goleador a
sério, quanto mais dois! E como se sabe, e está amplamente demonstrado, num campeonato
como o nosso ganham as equipas que dispõem dos melhores artilheiros. Pois são
eles que acabam por resolver os jogos difíceis, encalacrados, contra as equipas
pequenas. Foi assim com o Porto de Jardel e Falcão, já foi mais difícil com Jackson
que falhava muito, e não foi obviamente com Aboubakar. André Silva é ainda
muito jovem e assim chegamos ao candidato mais forte, que é o Benfica. Isto,
claro, se conseguir manter os arietes Jonas, Mitroglu e Jimenez, jogadores claramente
acima da média nacional, e que só cá estão porque os bancos também foram à falência.
Traçado o destino do campeonato
português, cada vez mais desigual, cada vez menos competitivo, chego então ao
Belenenses onde para além das lesões pouco mais se sabe. Mas a onda terá que
ser a mesma – apertar o cinto. É assim que vou tomando conhecimento da chegada
de jogadores de divisões inferiores, com alguma incidência no mercado espanhol, tendência que se irá acentuar, ou não fosse a Espanha a união europeia a que temos direito. Tal como na anterior experiência filipina.
Saudações azuis
Primeira nota: Gostei de ouvir o Nuno Capucho, actual treinador do Rio
Ave, defendendo sem peias uma indústria do futebol minimamente viável e não
esta reduzida a três clubes.
Segunda nota: O Turismo de Portugal convidou o adepto francês que foi
consolado por uma criança portuguesa após a derrota no campeonato da Europa, a
visitar o país. As imagens correram mundo, foi bonito, até aqui tudo bem. O problema,
quanto a mim, aconteceu quando o roteiro da visita incluía o estádio da Luz e o
museu do Benfica! O Turismo de Portugal é pago com os nossos impostos, o adepto
francês não era com certeza benfiquista desde pequenino, e mesmo que fosse, pergunta-se
então se o Benfica também faz parte da propaganda dos organismos oficiais?!
Enfim, o nacional-benfiquismo no seu melhor e o director do turismo de Portugal,
a esta hora, ainda deve permanecer na sua inocência!
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