Foi um jogo muito difícil, os suecos pressionavam logo na saída de bola e nós não tínhamos alas velozes, nem meio campo expedito. Alas velozes só tivemos na segunda parte com a entrada de Dálcio, até aí nem Miguel Rosa nem Sturgeon se conseguiam virar para o meio campo adversário. Meio campo expedito, base para o contra ataque, tivemos muito pouco - Carlos Martins, muito individualista (é raro soltar a bola ao primeiro toque!) complicou sempre. Rúben Pinto jogou muito recuado, e André Sousa, de quem fui gostando com o decorrer da partida, não é um centro campista puro. Sem bola, haveria então que tapar caminhos, evitar oportunidades e isso foi sendo conseguido através de um enorme espírito de entreajuda, muita serenidade e algum brilhantismo! Tarefa colectiva onde todos cumpriram e por isso estou de acordo com Sá Pinto - a equipa mereceu passar à fase seguinte. E atenção, o Gotemburgo é um adversário forte que só não jogou mais porque o Belenenses não deixou!
Análise individual:
Ventura - a segurança de sempre, um grande guarda-redes, com um jogo de pés fabuloso!
João Amorim - Não o conhecia, joga com grande à vontade, surpreendeu-me pela positiva!
Gonçalo Brandão e Tonel - Os centrais do Belenenses exibiram-se bem conseguindo parar todas as investidas dos nórdicos que ainda por cima dispuseram de um numero assinalável de cantos!
Geraldes - a jogar a defesa esquerdo (ele que é destro) foi a nota maior na defensiva! A velocidade de base está lá, a iniciativa também.
Rúben Pinto - esperava vê-lo mais adiantado já que se trata de um médio criativo com sentido do passe, mas jogou a trinco. Ajudou a defender o resultado.
André Sousa - subiu de produção com o jogo, aparece em muitos lados, o que é bom, remata com facilidade e perigo, o que ainda é melhor.
Carlos Martins - não precisa de mostrar que é bom jogador e por vezes incorre nessa tentação. Muito marcado, pedia-se outra espontaneidade.
Sturgeon - um tanto inconsequente, melhorou na segunda parte quando passou para o flanco esquerdo.
Miguel Rosa - sem espaço para respirar, teve grandes dificuldades em libertar-se do seu opositor. Penso que se trata de um jogador talhado para jogar na área adversária e não nos flancos.
Abel Camará - missão de sacrifício, no meio dos corpulentos centrais suecos, mesmo assim incomodou. É dele um arranque e cruzamento para Sturgeon, numa das mais perigosas jogadas do Belém.
Dálcio - entrou para substituir Miguel Rosa, foi para o lado direito do ataque e acrescentou algo à equipa, A partir daí o Belenenses mostrou-se capaz de fabricar um golo.
Tiago Silva - entrou para o lugar de Carlos Martins, com grande energia e não fora um certo egoísmo...
João Afonso - entrou ao fim para aguentar o empate.
Foi a crónica do que vi na televisão, sem desculpas de falta disto e daquilo, o Belenenses pareceu-me no bom caminho, está bem orientado, e que venha então o play off.
Resultado final: - Gotemburgo 0 Belenenses 0
Saudações azuis
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