Ninguém me encomendou a crónica,
há jornais especializados que a fazem, que a fizeram, mas ainda passam por aqui
uns quantos belenenses e é para eles que escrevo. Até porque uma crónica
escrita por um belenense é coisa rara. Eu sei que alguns se intitulam como tal,
mas trabalham para outros interesses, outros emblemas. E se a minha
justificativa vai longa é porque o jogo em si foi desinteressante, muito
defensivo, e quando se sentia claramente que o Belenenses tinha condições para
levar de vencida a Académica, o individualismo (ou vedetismo) de uns, e a
inépcia de outros estragou o esforço da maioria. É democrático?! Não é.
Na segunda parte a coisa piorou.
Já havia gente que não recuava, estoirada, e os estudantes começaram a
carregar. E eu falava com os meus botões: - porque é que nunca nos toca um
Ivanildo?! Um jogador que desequilibra, que leva a equipa para a frente?!
Não havia resposta. Do nosso
lado, o meio campo deixou de funcionar, bola recuperada, era bola perdida.
Ridículos alguns lançamentos para a lentidão de Rui Fonte! Na parte final o
jogo acelerou um pouco mais. Sofremos o golo, reagimos, é verdade, mas toda a
gente pensou que era o resultado final. Eu, idem. Valeu Fábio Nunes, o seu
irrequietismo, e um cruzamento/remate caído do céu!
O menos: - como acima referi, o
meio campo agarra-se muito á bola, não a solta quando deve. Só Dias se safou.
O mais: - Fábio Nunes,
obviamente, e Abel Camará, generoso, com outro andamento. Espero que jogue a
ponta de lança contra o Porto.
Saudações azuis
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