domingo, fevereiro 01, 2015

Faltou qualquer coisa…

Entrámos bem no jogo, fizemos uma primeira parte agradável, onde já se nota a batuta de Carlos Martins e não fora a péssima forma de Nelson, ou seja, a falta de um ala direito a sério, e talvez pudéssemos criar mais perigo junto à área do Nacional. Lembro-me de algumas bolas cruzadas por Miguel Rosa ou Filipe Ferreira que encontraram o deserto no lado oposto! Mas como digo, surpreendemos o Nacional durante largos minutos e só algumas perdas de bola inadmissíveis a meio campo é que geraram duas ou três jogadas perigosas do adversário. Neste aspecto Sturgeon tem que rever a sua maneira de jogar: - uma coisa é ser desarmado e prosseguir na tentativa de reaver a bola, outra é aquilo que se tem visto – perde-se a bola e ficamos estatelados no relvado á espera que o árbitro marque uma hipotética falta! Assim não vamos lá. De qualquer modo o empate (com dois golos muito bonitos) aceitava-se no final do primeiro tempo.

Na segunda parte Manuel Machado lança Rondón para a ponta direita e pode dizer-se que ganhou a aposta! A partir daí, nem o Belenenses nem Lito conseguiram arranjar um antídoto eficaz. Veio o segundo golo do Nacional e a mesma jogada repetiu-se várias vezes e só não deu mais golos porque Ventura estava lá!
Mas vejamos o que fez Lito a seguir ao segundo golo do Nacional: - saiu Filipe Ferreira, mudou o Nelson para defesa esquerdo fazendo entrar Deyverson para o eixo do ataque. É fácil falar depois mas a verdade é que aquelas alterações não resultaram. E não resultaram por várias razões sendo que uma delas já acima referi – Nelson está em péssima forma, Rondón ainda se sentiu mais á vontade e como ninguém recuava, nem dobrava, a ´síndroma da pedreira’ reapareceu na Choupana’! Naturalmente que também há mérito do adversário em perceber e explorar as nossas debilidades. Mas pergunta-se, e o nosso ataque melhorou entretanto?! Também não. A falta de um ala direito mantinha-se e já sabemos que Camará é incapaz de fazer aquele lugar. Resultado: - os nossos ataques continuaram a ser ineficazes. Não me lembro de uma defesa apertada do guarda-redes do Nacional. 

A caminhar para o fim Pelé substituíu China e entrou Dálcio para a direita, alargando-se assim a frente de ataque. Criámos então algum perigo, tivemos uma ou duas chances para chegar ao empate, nomeadamente através de livres. Não conseguimos. Mas a sensação que fica é que poderíamos ter retirado algo mais deste jogo. Fica para a próxima.


Saudações azuis

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