Entrámos bem no jogo, fizemos uma primeira parte agradável,
onde já se nota a batuta de Carlos Martins e não fora a péssima forma de
Nelson, ou seja, a falta de um ala direito a sério, e talvez pudéssemos criar mais
perigo junto à área do Nacional. Lembro-me de algumas bolas cruzadas por Miguel
Rosa ou Filipe Ferreira que encontraram o deserto no lado oposto! Mas como
digo, surpreendemos o Nacional durante largos minutos e só algumas perdas de
bola inadmissíveis a meio campo é que geraram duas ou três jogadas perigosas do
adversário. Neste aspecto Sturgeon tem que rever a sua maneira de jogar: - uma
coisa é ser desarmado e prosseguir na tentativa de reaver a bola, outra é
aquilo que se tem visto – perde-se a bola e ficamos estatelados no relvado á
espera que o árbitro marque uma hipotética falta! Assim não vamos lá. De
qualquer modo o empate (com dois golos muito bonitos) aceitava-se no final do
primeiro tempo.
Na segunda parte Manuel Machado lança Rondón para a ponta
direita e pode dizer-se que ganhou a aposta! A partir daí, nem o Belenenses nem
Lito conseguiram arranjar um antídoto eficaz. Veio o segundo golo do Nacional e
a mesma jogada repetiu-se várias vezes e só não deu mais golos porque Ventura
estava lá!
Mas vejamos o que fez Lito a seguir ao segundo golo do
Nacional: - saiu Filipe Ferreira, mudou o Nelson para defesa esquerdo fazendo
entrar Deyverson para o eixo do ataque. É fácil falar depois mas a verdade é
que aquelas alterações não resultaram. E não resultaram por várias razões sendo
que uma delas já acima referi – Nelson está em péssima forma, Rondón ainda se
sentiu mais á vontade e como ninguém recuava, nem dobrava, a ´síndroma da
pedreira’ reapareceu na Choupana’! Naturalmente que também há mérito do
adversário em perceber e explorar as nossas debilidades. Mas pergunta-se, e o nosso
ataque melhorou entretanto?! Também não. A falta de um ala direito mantinha-se e
já sabemos que Camará é incapaz de fazer aquele lugar. Resultado: - os nossos ataques
continuaram a ser ineficazes. Não me lembro de uma defesa apertada do
guarda-redes do Nacional.
A caminhar para o fim Pelé substituíu China e entrou
Dálcio para a direita, alargando-se assim a frente de ataque. Criámos então
algum perigo, tivemos uma ou duas chances para chegar ao empate, nomeadamente
através de livres. Não conseguimos. Mas a sensação que fica é que poderíamos
ter retirado algo mais deste jogo. Fica para a próxima.
Saudações azuis
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