Sem querer apropriar-me do nome
de um ilustre blogue, que nos traz (incansávelmente) as notícias do nosso
Belenenses, não tive outro remédio senão escolher este título face ao
esverdeado profundo de todas as crónicas que se referem ao jogo entre dois
velhos rivais - Belenenses e Sporting!
Empatámos, podíamos ter ganho e
foi pena. Talvez merecêssemos a vitória depois daquele esplendor táctico e
colectivo que exibimos durante quase todo o encontro, e que apenas teve a
maculá-lo dois ou três erros individuais, um deles, no último minuto do
desafio, e que deu o empate ao Sporting. Certo que o golo que marcámos se
deveu, também ele, a um erro grosseiro de Rui Patrício, mas nessa altura ainda
havia muito tempo para o rectificar. E a verdade é que o Sporting, em jogo
jogado, nunca deu mostras de o conseguir fazer. De resto, recordo alguns
apontamentos que me ficaram na retina:
- Em primeiro lugar Ventura, onde
morriam todas as iniciativas de Alvalade e ao mesmo tempo onde nasciam quase todas
as iniciativas do nosso ataque – bola no chão e lá ía ela, sobrevoando o
fortíssimo meio campo leonino, certeira, em condições jogáveis, para os nossos
avançados! Em segundo lugar aquela estrutura defensiva, em especial a primeira
muralha, Dias, Sturgeon e Pelé, que basculava para um lado e para o outro, tapando todos os caminhos
por onde pudesse entrar um passe mais perigoso! E fizemos tudo isto sem cometer
faltas à entrada da área! Em terceiro lugar a generosidade de todos, a
capacidade para responder, para atacar o último reduto leonino. Foi o que eu vi
numa noite chuvosa, com menos público do que merecíamos.
Saudações azuis
(Notas à margem) - Aconteceu o
que eu menos desejava, Rui Pedro Soares, o presidente da SAD do Belenenses, lá
foi peregrinar à prisão de Évora… Visitar um amigo?! A título pessoal?! Já o
escrevi - os primeiros ministros (os governantes) não devem arranjar amigos
durante o seu mandato. Não é para isso que foram eleitos. Pois assim pode
dar-se o caso de arranjarem também inimigos ou estabelecer preferências. Ressalvo
evidentemente a existência de uma amizade de longa data, o que não deve ser o
caso. Acresce que Rui Pedro Soares, enquanto for presidente da SAD do
Belenenses, tem que se coibir de alguns actos que possam atingir a imagem do
clube que quis representar. Inclusivé ferir a sensibilidade de alguns sócios.
Não o fez e segundo consta não tenciona desligar-se daquele passado que mesmo
que não o condene judicialmente, já o condenou moralmente. E isso é grave, não
para ele, pois é livre de seguir o caminho que entender, mas é grave, repito
para o Belenenses. Esperava eu aliás, e com isto termino, que Rui Pedro Soares
aproveitasse esta nova fase da sua vida, aproveitasse o Belenenses, um clube
que não usa a Cruz de Cristo impunemente, para construir algo que a memória não
viesse a apagar. Ainda espero.
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