‘Um pouco mais de sol… e eu era braza
Um pouco mais de azul… e eu era além
Para atingir faltou-me um golpe de asa
Se ao menos eu permanecesse aquém…'
Findo o jogo e quando Alípio Matos não conseguia esconder a emoção da vitória, lembrei-me destes versos de Mário Sá Carneiro. O poema chama-se ‘Quase’ e estabelece uma fronteira entre a ambição e o desespero de quem não realiza os seus sonhos. Não foi isso que aconteceu ontem no Entroncamento - o Belenenses venceu o destino e conquistou a Taça de Futsal. Conquista que tem (sempre) outro sabor quando os derrotados são aqueles que nasceram em Belém mas emigraram para Benfica.
Eu sei que nem todos percebem esta rivalidade, e por isso mantenho o lema – ‘somos poucos e com tendência para desaparecer’.
Parabéns ao Futsal!
E a crónica sobre Futsal ficaria por aqui se Alípio Matos, que dedicou (e bem) a vitória aos sócios que têm acompanhado a equipa, não tivesse excluído da dedicatória os que pensam que as modalidades estão a mais no Belenenses. Ou que são um estorvo para o futebol.
Como este é claramente um espaço onde se defende o princípio (saudável) do Clube/modalidade, por abundantes razões, e onde me posiciono claramente contra o eclectismo português (falso e redutor) dos três grandes (e não é por acaso que tinham que ser eles), o facto é que as declarações de Alípio Matos acabam por me confrontar. E quando assim é… costumo responder.
Não será hoje, recordo apenas que o Futsal pertence à mesma Federação que o futebol, e que haverá tempo para discutir esse assunto com elevação e grandeza.
Uma coisa sempre afirmei – modalidades que discutam (sistematicamente) o título com os nossos antigos rivais não acabam.
Regresso ao futebol e regresso aos versos, estes sim, mais apropriados ao campeonato que fizemos. O golpe de asa que faltou, que foi faltando à equipa, à direcção, a todos nós, aí está mais uma vez a marcar a diferença. Vencemos em Setúbal, no último quarto de hora (quem ainda se lembra!) com golos de dois jovens jogadores (serão nossos!), largámos a lanterna vermelha (já há quem sonhe com a secretaria), mas esta vitória é amarga.
Se ao menos eu me contentasse em ser campeão da Vitalis…
‘Se ao menos eu permanecesse aquém…’
Saudações azuis
Um pouco mais de azul… e eu era além
Para atingir faltou-me um golpe de asa
Se ao menos eu permanecesse aquém…'
Findo o jogo e quando Alípio Matos não conseguia esconder a emoção da vitória, lembrei-me destes versos de Mário Sá Carneiro. O poema chama-se ‘Quase’ e estabelece uma fronteira entre a ambição e o desespero de quem não realiza os seus sonhos. Não foi isso que aconteceu ontem no Entroncamento - o Belenenses venceu o destino e conquistou a Taça de Futsal. Conquista que tem (sempre) outro sabor quando os derrotados são aqueles que nasceram em Belém mas emigraram para Benfica.
Eu sei que nem todos percebem esta rivalidade, e por isso mantenho o lema – ‘somos poucos e com tendência para desaparecer’.
Parabéns ao Futsal!
E a crónica sobre Futsal ficaria por aqui se Alípio Matos, que dedicou (e bem) a vitória aos sócios que têm acompanhado a equipa, não tivesse excluído da dedicatória os que pensam que as modalidades estão a mais no Belenenses. Ou que são um estorvo para o futebol.
Como este é claramente um espaço onde se defende o princípio (saudável) do Clube/modalidade, por abundantes razões, e onde me posiciono claramente contra o eclectismo português (falso e redutor) dos três grandes (e não é por acaso que tinham que ser eles), o facto é que as declarações de Alípio Matos acabam por me confrontar. E quando assim é… costumo responder.
Não será hoje, recordo apenas que o Futsal pertence à mesma Federação que o futebol, e que haverá tempo para discutir esse assunto com elevação e grandeza.
Uma coisa sempre afirmei – modalidades que discutam (sistematicamente) o título com os nossos antigos rivais não acabam.
Regresso ao futebol e regresso aos versos, estes sim, mais apropriados ao campeonato que fizemos. O golpe de asa que faltou, que foi faltando à equipa, à direcção, a todos nós, aí está mais uma vez a marcar a diferença. Vencemos em Setúbal, no último quarto de hora (quem ainda se lembra!) com golos de dois jovens jogadores (serão nossos!), largámos a lanterna vermelha (já há quem sonhe com a secretaria), mas esta vitória é amarga.
Se ao menos eu me contentasse em ser campeão da Vitalis…
‘Se ao menos eu permanecesse aquém…’
Saudações azuis
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