sábado, fevereiro 07, 2009

Assembleísmos…

Meia centena de um lado, meia centena do outro, se formos pelo número a diferença entre o conselho geral e os ‘assembleístas permanentes’ é pouca, mas ainda assim prefiro o conselho geral. Em primeiro lugar estão identificados, sabemos quem são; e em segundo lugar têm alguma experiência de governação pois já desempenharam cargos relevantes no Clube.

Aliás venho denunciando este ‘assembleísmo permanente’, turbulento e destruidor, como fórmula errada e ultrapassada de resolver aqueles problemas societários que poderiam e deveriam competir às Direcções eleitas. Não é evidentemente o caso da revisão dos Estatutos mas ainda assim haveria que respeitar algumas regras na condução e participação nos trabalhos.
Explico:

Os projectos de estatutos têm evidentemente uma coerência, um esqueleto, uma unidade, e nesse sentido devem ser votados na generalidade, e sobre o mais votado recairá então uma análise e correcção na especialidade. Mas nesta correcção, e pelo simples voto de uns quantos, não se podem eliminar disposições que alterem ou destruam a lógica do que inicialmente foi apresentado.

Nestas condições, quem pretenda agora ‘apagar’ o Conselho Geral, amputando às cegas este projecto de Estatutos, deveria ter-se lembrado de apresentar outro projecto, definindo aí claramente que tipo de órgãos sociais pretende para o Clube.
Coisa diferente, e essa legítima, será acrescentar ou diminuir competências neste ou naquele órgão social.

E termino com algumas considerações sobre o Conselho Geral, não o actual, que muitos recriminam e responsabilizam pela decadência do clube, mas sobre o órgão consultivo enquanto tal:

De facto, não me parece que diabolizar o conselho geral seja bom remédio para as nossas feridas, nem uma justificação para o lugar a que chegámos. Trata-se de um organismo de último recurso, como existe noutras colectividades, que de certa maneira representa o caminho percorrido, e por isso nele têm assento por inerência, muitos dos que elegemos ao longo dos últimos anos. E não é sem alguma ironia que recordo que alguns dos que neste momento o acusam de ser ‘coito de inimigos’ são os mesmos que lhes deram o direito à inerência!!!
Quem quer ser prior de uma freguesia destas?!

Saudações azuis.

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