terça-feira, dezembro 05, 2006

Alto risco

Não era previsível que a última Assembleia-geral Ordinária viesse a descambar num ajuste de contas com a actual Direcção, a ponto de se equacionar a sua demissão num cenário de eleições antecipadas!
Que seria naturalmente contestada, não temos dúvidas. Que seriam chumbadas as suas propostas, também não me admira, porque não é novidade. Que seria oportunidade para se perfilarem algumas candidaturas, tendo em vista o próximo acto eleitoral, também acho natural.
Mas não foi assim que as coisas se passaram – a Direcção apresentou-se mal preparada, estranhamente dividida, o que a juntar às três derrotas consecutivas e ao risco de nova descida de divisão, incendiaram-se ânimos que fizeram transbordar o copo da paciência associativa. E as coisas são o que são.
Perante a gravidade dos factos a Direcção deveria ter apresentado a sua demissão, disponibilizando-se a assegurar a gestão do Clube até ao novo acto eleitoral. O único argumento aceitável para não se demitir seria a instabilidade que isso causaria na equipa de futebol. Fraco argumento quando se sabe que a gestão da equipa de futebol está nas mãos do treinador e por ele passam todas as decisões no que concerne a possíveis reforços de Dezembro. O regime de gestão não inviabilizaria por certo esses reforços pontuais.
Assim, temos que concluir que a Direcção não mediu bem as consequências do seu gesto, nem soube tirar as prometidas ilacções, pois ignorou a forte contestação que a cada derrota irá sofrer.
Preferiu continuar, confiando apenas, e Deus queira que assim seja, nas vitórias da equipa de futebol! E o ciclo adivinha-se tremendo…Braga, Marítimo fora, Benfica, Sporting, Benfica…
Quando uma Direcção que tem falhado completamente no futebol, se escuda no futebol, a situação pode tornar-se explosiva.
Saudações azuis.
JSM

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