Silas
diz que os jogadores desligaram, os jogadores dizem que não, Rui
Pedro Soares diz que é uma crise de crescimento, e provávelmente
todos têm um pouco de razão. A realidade porém, implacável,
também nos diz outras coisas: - temos uma equipa com um dos
orçamentos mais baixos da primeira Liga, mas que apesar disso
conseguiu durante a primeira volta grandes resultados, em especial
fora de casa, graças sobretudo a uma excelente organização
defensiva, com muita posse de bola, e lançamentos venenosos. Não é
por acaso que somos o rei dos empates. Nas nossas casas emprestadas,
Jamor e Bonfim, obrigados a arriscar mais contra adversários
retraídos, as dificuldades para ganhar foram sempre muito grandes.
Pode dizer-se no entanto que foi uma primeira volta digna de registo,
aliás muito elogiada pela crítica.
Chegados
a Janeiro perdemos dois titulares, a que podemos acrescentar o
impedimento de Keita, e as lesões de jogadores fundamentais, Nuno
Coelho por exemplo. Os substitutos não se evidenciaram, antes pelo
contrário. E a equipa começou a desequilibrar-se. A ideia um tanto
sobranceira que podíamos continuar a discutir os jogos da mesma
maneira começou a custar-nos pontos e mais golos sofridos. Por fim
retirar defesas (claudicantes ou não) e arriscar tudo para reverter
um score desfavorável, tem acabado em goleada. O filme é o mesmo –
perdida a bola, cada contra ataque adversário pode ser golo na nossa
baliza. E isto tanto vale com o Aves como com o Sporting ou o
Guimarães. Há que descer à terra.
Falando
agora do futuro, no jogo com o Sporting (de má memória) vi Isaltino
ao lado de Rui Pedro Soares e pareceu-me que poderá passar por ali
uma solução para o Belenenses. Sem saudosismos nefastos, sem o
município de Belém (que já não existe), tratados pela Câmara de
Lisboa como parentes pobres, talvez seja altura de associarmos a
nossa ambição à ambição de um autarca que não desdenharia ter
no seu concelho uma equipa a lutar pelo título! Um contra poder face
a Benfica e Sporting. É um concelho populoso, ocidental, junto ao
Tejo, espaço natural de expansão azul, assim a SAD consiga fazer
jus à história de grandeza do CFB.
Saudações
azuis
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