É
preciso fazer um bocadinho mais pelo futebol português. Hoje a Liga
está reunida em assembleia e já sabemos que há propostas de
alteração incluindo uma da SAD do Belenenses para rever a questão
dos empréstimos de jogadores entre clubes que disputam o mesmo
campeonato. Não vou comentar o conteúdo da mesma até porque nunca
escondi que isto não vai lá com pequenas melhorias. Por detrás de
cada melhoria surgem logo dois ou três subterfúgios que a
ultrapassam e reduzem a cinzas. Enquanto não pegarmos o toiro pelos
cornos, enquanto não houver vontade e coragem para limitar o número
de jogadores que cada clube pode ter na sua esfera patrimonial não
saímos disto. E isto tem a ver com a maneira como os grandes clubes
contornam as leis e asseguram uma parcela do passe de todos os jovens
talentos que actuam em Portugal. Uma espécie de direito feudal sobre
tudo o que possa valorizar-se no futuro. O esquema, conta com a ajuda
das selecções juvenis, uma espécie de centro de triagem, onde os
mais aptos são arrematados pelos três grandes, com o entusiástico
beneplácito dos papás.
Pergunta-se:
- quem consegue escapar a isto?! Talvez o Braga, porque o Belenenses
há muito que não consegue segurar as suas joias. Dividido como
está, duvido até que fabrique alguma coisa de seu.
Mas
o monopólio estende-se a todas as divisões competitivas e veja-se o
caso do Luquinhas que eu pensava que era do Desportivo das Aves mas
que afinal é metade do Benfica!
Esta situação só se combate
com a tal lei limitativa e enquanto ela não existir teremos de
procurar lá fora os jogadores para a equipa principal e até para os
Sub 23. Ou então sujeitamo-nos a ficar sempre com o refugo. Com o
que os outros não querem.
Quanto
aos escalões mais jovens, refiro-me à formação, só vale a pena
se conseguirmos blindá-la dos tubarões, o que não é fácil hoje
em dia e pelos motivos expostos. Os papás só pensam no Benfica, no
Sporting e no Porto. O país está cada vez mais pequeno!
Saudações
azuis
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