domingo, maio 19, 2019

Jamor final!


Fui finalmente ao estádio nacional para assistir à última participação do Belenenses no campeonato que hoje termina. Estava um dia desagradável, cumprimentei a porta-bandeira, subi até à colunata e fiquei-me por aí. Deu no entanto para constatar o abandono a que foi votado o estádio nacional, petrificado, como se fora um museu dos anos cinquenta do século passado!
O investimento do governo e da federação teve e tem outros destinatários como todos sabemos. Vai parar aos cofres da Luz, do Dragão, ou de Alvalade, sempre que a selecção nacional joga em casa!

Quanto ao Belenenses - Nacional podemos dizer que foi um jogo equilibrado mas que acabámos por ganhar com mérito e com três bonitos golos. Ponto final na nossa participação na prova. À hora em que escrevo falta apenas saber quem desce e quem ocupa o quinto lugar num campeonato controverso, suspeito, onde temos que incluir o VAR. Aliás, e como sempre afirmei o vídeo árbitro foi introduzido à pressa, não para assegurar a verdade desportiva, mas para dar uma resposta aos escândalos revelados no caso dos emails. Um procedimento típico de um dirigismo fraco e serviçal.

Mas voltando ao campeonato, ganhou quem tinha que ganhar, e o Belenenses acaba por cumprir os objectivos mínimos traçados no início da época (primeira metade da tabela) ficando-se por um modesto nono lugar. Sabe a pouco até porque houve uma altura em que parecia possível ir mais longe. Este será um tema do defeso, averiguar das causas que expliquem a fraca prestação final. Já inventariei algumas razões, a SAD já puxou pelas estatísticas, e hoje ao olhar para a classificação posso adiantar uma outra.

Por exemplo, enquanto Belenenses, Guimarães e o próprio Moreirense vacilaram muito na recta final, outros emblemas* subiram imenso de produção nesse mesmo período. Refiro-me em particular ao Aves, ao Boavista e ao Rio Ave, embora este último tivesse argumentos desde o início para aspirar a um lugar europeu. Curiosamente todas estas recuperações assentaram na aparição de um 'jóquer' cujo desempenho sobressaiu da mediania e arrastou a equipa para outro nível. O Aves teve o Luquinhas, o Boavista** para além do eterno Mateus beneficiou do regresso de Yusupha e no Rio Ave o regressado Nuno Santos fez a diferença. Parece que não mas os craques ainda são importantes no futebol.

Saudações azuis


*O Benfica, em contraste com o FC Porto, e apesar das ajudas por fora também fez uma grande segunda volta. E também aqui fizeram a diferença a 'recuperação' mental de alguns jogadores (Seferovic e Samaris) e o lançamento de jovens talentos. No Porto nada. Antes pelo contrário. Uma equipa pouco criativa, pesadona, que para marcarem um golo precisam de fazer mil ataques!

**O Boavista de Lito fez aquisições cirúrgicas que resultaram – Jubal para defender resultados, Bueno (FCP) para dar alguma classe ao meio campo ofensivo e um brasileiro desconhecido (Gustavo Sauer) que luta e corre que se farta!

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