No
fim do jogo Silas fez um diagnóstico (quase) certeiro – a grande
diferença entre as duas equipas, disse, esteve na força mental dos
intervenientes. Concordo e na verdade vimos os jogadores do Porto
convictos do seu valor, determinados e os do Belenenses, hesitantes,
bloqueados, a perderem bolas de forma infantil. Ou porque demoram a
´pensar' ou porque estão desconcentrados e tomam más opções, ou
então, inferiorizam-se de tal maneira que não ganham um lance
dividido. No processo ofensivo, o um contra um, foi um desastre. E
quando assim é temos poucas hipóteses de facturar. E quando lhes
cai do céu um ensejo para alvejarem a baliza contrária parece que
não têm força nas canetas! O único remate digno desse nome
aconteceu já no fim do jogo e foi da autoria de Eduardo Henrique, um
médio!
Mas
o bloqueio também pode ter razões tácticas! Daí o 'quase'
inicial. Parece que há ali jogadores de tal maneira prisioneiros da
táctica que tem vindo a ser implementada que tomam decisões
incompreensíveis, atrasam a bola quando deviam virar-se para o meio
campo adversário, derivam para a esquerda quando deviam derivar para
a direita, etc.
Numa
análise individual a mediocridade foi uma constante. Salvaram-se do
naufrágio, apesar de alguns pecadilhos:
Reinildo
– repetente em ingenuidades que acabam em penalty, foi mesmo assim
um dos melhores. Salvou um golo certo logo a seguir ao primeiro golo
do Porto e teria evitado o segundo, já na segunda parte, caso não
estivesse amarelado. Octávio passou por ele... mas não passava.
Eduardo
Henrique – ainda está com o ritmo do campeonato brasileiro porém
ficam na retina uma grande arrancada na primeira parte parte e um
grande remate na segunda. É suficiente?! Não é. Mas deixa algumas
esperanças para o futuro.
Mica
– Boa exibição e até defendeu um penalty.
Dálcio
– entrou na segunda parte e descontando um atraso de bola suicida,
em que é repetente, carreou algum jogo com acerto.
André
Santos – devia ter jogado de início.
Taça
de Portugal: Porto 2 – Belenenses 0
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