domingo, novembro 25, 2018

No sufoco viram-se as carências...


No fim do jogo Silas fez um diagnóstico (quase) certeiro – a grande diferença entre as duas equipas, disse, esteve na força mental dos intervenientes. Concordo e na verdade vimos os jogadores do Porto convictos do seu valor, determinados e os do Belenenses, hesitantes, bloqueados, a perderem bolas de forma infantil. Ou porque demoram a ´pensar' ou porque estão desconcentrados e tomam más opções, ou então, inferiorizam-se de tal maneira que não ganham um lance dividido. No processo ofensivo, o um contra um, foi um desastre. E quando assim é temos poucas hipóteses de facturar. E quando lhes cai do céu um ensejo para alvejarem a baliza contrária parece que não têm força nas canetas! O único remate digno desse nome aconteceu já no fim do jogo e foi da autoria de Eduardo Henrique, um médio!

Mas o bloqueio também pode ter razões tácticas! Daí o 'quase' inicial. Parece que há ali jogadores de tal maneira prisioneiros da táctica que tem vindo a ser implementada que tomam decisões incompreensíveis, atrasam a bola quando deviam virar-se para o meio campo adversário, derivam para a esquerda quando deviam derivar para a direita, etc.

Numa análise individual a mediocridade foi uma constante. Salvaram-se do naufrágio, apesar de alguns pecadilhos:

Reinildo – repetente em ingenuidades que acabam em penalty, foi mesmo assim um dos melhores. Salvou um golo certo logo a seguir ao primeiro golo do Porto e teria evitado o segundo, já na segunda parte, caso não estivesse amarelado. Octávio passou por ele... mas não passava.

Eduardo Henrique – ainda está com o ritmo do campeonato brasileiro porém ficam na retina uma grande arrancada na primeira parte parte e um grande remate na segunda. É suficiente?! Não é. Mas deixa algumas esperanças para o futuro.

Mica – Boa exibição e até defendeu um penalty.

Dálcio – entrou na segunda parte e descontando um atraso de bola suicida, em que é repetente, carreou algum jogo com acerto.

André Santos – devia ter jogado de início.


Taça de Portugal: Porto 2 – Belenenses 0

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