A via-sacra cumpriu-se, não vamos
crucificar o treinador, temos que encarar os jogos que faltam dentro da nossa
realidade mas já com os olhos no futuro.
A nossa realidade enquadra-se na
realidade do campeonato onde a antiga vantagem de jogar em casa acabou
definitivamente. Basta olhar para os resultados de mais uma jornada. Os motivos
são vários e não vamos dissecá-los agora. O que sabemos é que se há clube que
encarnou essa característica ao longo da época, esse clube é o Belenenses. Foi
nos jogos fora que obtivemos alguns pontos preciosos que neste momento nos
permitem, embora no limite, continuar na primeira Liga. Por isso cabe à SAD e
não ao treinador dar o peito às balas explicando aos adeptos que não temos
equipa nem argumentos para mais. E que substituir o treinador nesta altura não
vai alterar nada. No entanto precisamos de alguma serenidade, e este é um
recado para o treinador. Quim Machado não pode pôr-se a inventar uma equipa de
ataque, que não tem, nem jogar num 4-2-4 suicida, com avançados a mais e
defesas a menos. Nem oito nem oitenta. O que se viu contra o Estoril foi um
disparate.
Portanto e para o próximo jogo
temos que voltar a usar dois trincos que defendam e não percam bolas (nem
tempo) em individualismos desnecessários e fatais. Dois trincos que cubram os
avanços dos laterais e dois alas que quando a equipa perde a bola têm que
recuar e depressa. Lá na frente um ponta de lança mais fixo ou mais móvel
consoante o adversário e o jogo em questão. Estou convencido que assim, e nos cinco
jogos que faltam, talvez cheguemos perto dos quarenta pontos.
Sobre o futuro a SAD já deve ter
percebido que tem que dar a volta à situação porque o Belenenses, mesmo no
estado em que se encontra, não é um clube que se satisfaça com estes
objectivos. O Belenenses ou cresce ou morre. Não há meio-termo. E tal como diz
o povo – ‘quem não pode, arreia’!
Saudações azuis
Nota: Não falei no terceiro homem de meio campo, peça chave na ligação entre os sectores. Estou a milhas dos bastidores da equipa, não recebo qualquer cartilha, converso apenas com os meus botões, mas talvez esteja na hora de lançar o jovem Bernardo e ver no que dá.
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