Não é essa a questão. Escrevi
muito sobre o ‘caso Mateus’ e na altura defendi o que defendo agora: - as questões
desportivas devem regular-se no foro desportivo e a não ser assim caímos no
completo disparate de uma justiça avulsa, e como agora se vê, completamente
desfasada no tempo e da realidade. Aliás é a própria FIFA que impõe aquela
regra. Portanto, que fique claro, nada me move contra o Gil Vicente, antes pelo
contrário, trata-se de um digno representante de uma das cidades mais antigas
de Portugal – Barcelos, onde os reis de Portugal tiveram Paço. Mas a verdade é
que, face á legislação desportiva existente, e à inércia dos órgãos desportivos
competentes, o Belenenses fez aquilo que qualquer clube faria nas mesmas
circunstâncias. É bonito?! Não é. E agora?!
Agora, perante uma sentença de um
tribunal administrativo, sentença que pretende repor uma realidade ultrapassada,
tudo isto parece surrealista e confuso! E a pergunta é: - o Belenenses deve ou
não recorrer?! Bem, a Federação ausenta-se mais uma vez do assunto e não vai
recorrer. Segundo li, o que quer é despachar o caso rápidamente! Na minha
modesta opinião ficava melhor na fotografia se viesse anunciar que casos destes
nunca mais se irão repetir porque a própria Federação tomou entretanto providências
nesse sentido! Ou será que vamos continuar a aumentar e a diminuir campeonatos aparecendo
a Federação e a Liga com o ar de eternos inocentes?!
Não respondi à pergunta e
confesso que, dez anos depois, já me falta a paciência e a vontade, para
tentar mudar seja o que for no futebol português.
Saudações azuis
Nota básica: Para quem nasceu
depois do ‘caso Mateus’ esclareço, porque não se deve lembrar, que o argumento
usado pelo Gil Vicente assenta basicamente no seguinte: - que a inscrição de um
jogador é matéria que escapa à exclusividade do foro desportivo. E na minha
opinião, não é assim. Mas como antes referi, essa dúvida, e esse tipo de problemas, há muito que deveriam ter sido (préviamente) esclarecidos e resolvidos pela Liga e pela Federação.
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