Não sou um patriota da selecção,
acho isso uma coisa ridícula, e também não sou um consumidor compulsivo do futebol
que se pratica nos jornais e nos comentários da televisão. Tão pouco sofro de
ronaldite aguda ou sanchite precoce. Se sofresse destas e doutras maleitas, tratava-me,
de preferência num centro de recuperação de drogas.
Dito isto estou em condições de
escrever algumas linhas sobre a participação portuguesa no Europeu de futebol.
E começo com calma: - nem oito nem oitenta! Não temos sido inferiores a ninguém
e pelo que vi nos restantes grupos, temos as nossas possibilidades. Podemos
inclusivé fazer um brilharete! Assim sejamos capazes de ultrapassar dois
traumas – a omnipresença de Ronaldo dentro de campo e o jogo passivo do nosso
meio campo. O primeiro trauma pode começar a resolver-se entregando a marcação
dos livres a outros jogadores; para resolver o segundo trauma, que é a tendência para o jogo passivo, basta
pôr em campo o energético Renato Sanches para que se criem os espaços que sem
ele não existem. E todo eu me revolvo quando digo isto, uma vez que Renato
representa tudo aquilo que detesto – o nacional benfiquismo que sofremos.
Passemos ao Belenenses e ao seu
defeso. Gosto da maneira discreta como se tem trabalhado no reforço da equipa e
aplaudo a aposta no mercado jugoslavo onde existem jogadores de qualidade e de
fácil adaptação ao futebol português. Quer o Benfica quer o Porto quando ali
apostaram saíram-se bem. Além do mais é uma maneira de abandonarmos dependências
internas que só nos inferiorizam.
Fala-se agora na troca de
jogadores com o Sporting e vou ter que confiar nas capacidades negociais do
nosso corpo técnico. Sem conhecer os bastidores não tenho alternativa. Mas que
ainda faltam um central (destro) e dois médios (um trinco e um armador de jogo),
disso não tenho dúvidas. Aguardemos.
Saudações azuis
Sem comentários:
Enviar um comentário