Não é a primeira vez esta época,
com o Rio Ave, e também no Restelo, estivemos com dois golos de vantagem e
acabámos por empatar. Curiosamente pelo mesmo resultado! Na altura, era a
primeira jornada, desculpa-se. Entretanto os erros defensivos persistiram e a
equipa foi-se afundando na tabela. Mudou de treinador, mudaram alguns
jogadores, a equipa começou a crescer, com toda a gente em movimento, mas ainda
sofremos muitos golos.
Ontem depois de meia hora de bom
futebol, como há muito não se via, chegámos aos 2-0, mas bastou um livre
perigoso, uma falta que não se pode cometer, e sofremos logo um golo. A seguir
a saída por lesão de um central que até estava a jogar bem, foi imediatamente
aproveitada pelo adversário para nos apanhar em contra pé. Em menos de dez minutos, passámos do céu ao inferno. Como foi
possível?!
Velasquez entra em cena e faz
entrar um avançado (Juanto) recuando Ruben Pinto para central. A segunda parte
iria começar sob o signo da imprevisibilidade. Confesso que temi o pior. Mas a equipa
equilibrou-se, continuou a atacar, só que o espaço entre os sectores aumentou
ligeiramente. Era por esse espaço que o Vitória contra atacava com perigo. Um
Vitória de Guimarães obviamente moralizado com a reviravolta no marcador. Mas foi
o Belenenses que ganhou nova vantagem através de uma oportuna recarga de
Juanto. Velasquez faz então entrar um central (Gonçalo Silva) para o lugar do
estreante (e já amarelado) Bakcic. Ruben Pinto recoloca-se no meio campo. O
jogo entra em parada e resposta, era ganhar ou perder. Nem uma coisa nem outra,
Dourado, com espaço livre à sua frente, arranca um remate indefensável e iguala
o marcador (3-3)! Voltámos à estaca zero, voltámos a tentar o golo que nos
daria os três pontos, mas com o aproximar do fim o Vitória de Guimarães parecia
mais ameaçador e foi com algum alívio que ouvi o apito final do árbitro.
Destaques:
Individualmente os destaques vão em
primeiro lugar para as caras novas – Bakcic, uma assistência e um golo, o jogo
passa por ele com fluência, sem percas de bola, sem individualismos inúteis;
Juanto entrou e marcou e não há melhor elogio para um avançado; Rafael Amorim é
um central com bom toque de bola, e não estando isento de culpas no golo de
Abou Saré (Saré cabeceou entre os centrais azuis) estava a ser útil quando se lesionou.
Quanto aos restantes todos cumpriram
mas ainda assim sinalizo a subida de forma de Miguel Rosa (um golo e um remate
que deu golo); a melhoria de Carlos Martins que, a jogar mais adiantado, se
agarra menos à bola. Foi dele o cruzamento para o belo golo de Bakcic; e para Fábio
Nunes que entrou muito bem na partida;
Finalmente uma palavra de
conforto para Filipe Ferreira que estando ligado aos dois primeiros golos dos
vimaranenses, fez uma boa segunda parte, apoiando as perigosas triangulações
entre André Sousa, Miguel Rosa e Juanto, que acabaram por fazer mossa no último
reduto adversário.
Saudações azuis
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